O Clube Atlético Paranaense já tem reservado um lugar de honra na história do futebol brasileiro. Por suas conquistas, raça e a torcida mais bonita do Brasil. Isso é fato. Não se discute. É assim que nós, atleticanos, encaramos a disputa de hoje à noite. Independentemente do resultado, a taça da Libertadores já é do Furacão. Isso ninguém tira da vibrante nação rubro-negra.

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Se não for a taça de ouro, que seja o troféu da superação, o troféu do improvável, que virou coragem, que avançou, que buscou resultados "impossíveis", que não sucumbiu às pressões externas. A glória será a mesma! O que importa é a inquestionável inclusão do Atlético na invejável galeria dos maiores times do país. Repito: isso ninguém tira do Furacão. Os adversários, como dizem minhas filhas, genuínas atleticanas, que se matem! Para a Conmebol, fica a vergonha de ter negado ao Atlético o direito legítimo de disputar a final na Arena da Baixada; ao São Paulo, deixamos a covardia de ter fugido do Caldeirão; ao Coxa, então, dois vexames: o de não ceder o estádio para a primeira partida da final de um torneio internacional e a derrota – mais uma – no último Atletiba. E para o nosso time B (nunca é demais lembrar).

Ao Atlético, fica o orgulho de pertencer à elite do esporte mais amado do país. Afinal, quantos times brasileiros já disputaram uma final da Copa Libertadores? Poucos, é claro. E o Furacão chegou lá. Com muita garra, para orgulho de sua fanática torcida. Chegou com méritos. Eliminou o Santos do Robinho. Passou por cima do Chivas, diante de 60 mil mexicanos. Méritos, sim.

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Méritos que os torcedores reconhecem. É por isso que atleticano – aquele que não teme a própria morte – dorme em frente ao estádio, na calçada, e percorre 1.400 quilômetros (ida e volta) para acompanhar o time no Beira-Rio, em Porto Alegre. Como dizia minha irmã, que lá de cima ostenta a bandeira rubro-negra, ser atleticano não é uma opção de torcedor: é um estado de espírito.

Por isso, no jogo desta noite, apesar de tantos boicotes, típicos dos cartolas-da-mala-preta, aqueles que ofuscam o futebol arte, seremos gigantes no Morumbi. Cada torcedor atleticano que for ao estádio pode se sentir clonado. Estaremos todos com o time no gramado. Não seremos 11 em campo. Seremos milhões de corações-valentes com a bola nos pés. Porque a camisa rubro-negra, canta nosso glorioso hino, só se veste por amor. E amor verdadeiro se multiplica.

Nós, atleticanos, não temos dúvidas de que o Furacão voltará de São Paulo com a taça. Conhecemos teu valor! Entre em campo destemido, rumo à vitória. Furacão, ê ô! Atlético ô ô!