Durante duas horas e meia, Romário não deixou nenhuma pergunta sem resposta no programa "Bem, Amigos!", no canal SporTV. O atacante do Vasco falou sobre tudo, da tentativa do gol mil até polêmicas do passado, como o corte na Copa de 1998.
A iminência da marca histórica fez o Baixinho revelar preferir que o momento chegue em cobrança de pênalti. E, de preferência, contra o Botafogo, no próximo domingo.
Alvo de alguns questionamentos, a contagem de gols dele também foi esmiuçada, e os critérios, explicados.
- Nunca disse que eram mil gols como profissional e nem em jogos oficiais - diz ele.
Na área das polêmicas, o craque contou que não conseguiu torcer para a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1998, na França, por causa do traumático corte dias antes da estréia.
- Em 1998 eu não torci para o Brasil perder a Copa, mas se eu disser que eu torci para eles ganharem, eu estarei mentindo. Muitos jogadores também pensam assim, só que não falam - destacou.
Sobre a não convocação para a Copa de 2002 e a conquista do penta pela seleção, Romário também não escondeu uma pontinha de frustração:
- O Brasil ganhou e eu não estava lá, minha mãe sofreu muito com isso. Eu não tenho nada contra o Felipão, mas acho que a conquista seria mais bonita se eu estivesse lá - afirma o craque.Quando os jornalistas perguntaram sobre a sua seleção ideal, Romário se escalou no ataque ao lado Ronaldo. No meio-campo, Ronaldinho Gaúcho, Maradona, Gerson e, surpreendentemente, o desafeto Zico.
- Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa - diz o Baixinho, reconhecendo o talento do maior ídolo do Flamengo e deixando de lado a mágoa pelo corte da seleção em 1998.
Romário também aproveitou para reforçar o pedido de maior atenção aos portadores da Sídrome de Down, assim como fez em visita ao Senado, semana passada. O Baixinho revelou que, após encerrar a carreira, pretende abrir um centro de tratamento para crianças excepcionais, no Rio de Janeiro.
- O objetivo é conseguir um tipo de ajuda da Prefeitura, do Estado ou do Governo Federal para fazer um centro de tratamento no Rio. Quero fazer que as crianças tenham acesso ao tratamento, já que ele é caro - diz o jogador, pai de Ivy, de 2 anos e portadora da Síndrome de Down.
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