Passado um ano do trágico desfecho da Copa do Mundo com a impiedosa goleada de 7 a 1 da Alemanha, conclui que a verdadeira dor para quem ama futebol foi a derrota para a Itália, em 1982 na Espanha.
Com uma equipe admirada, a seleção de Telê Santana encantou a todos e foi apontada como favorita ao título com larga diferença sobre os principais concorrentes, especialmente depois de ter vencido a Argentina com Maradona e tudo.
A queda para os italianos foi absolutamente inesperada, até porque a seleção se classificaria com o empate e desfilava pelo gramado a arte de Falcão, Cerezzo, Sócrates e Zico levantando as plateias e merecendo os elogios da crítica internacional.
Os gols de Paolo Rossi foram fatais, causaram comoção e, se existe injustiça na vida, aquele resultado foi injusto e profundamente doloroso.
O massacre alemão no Mineirão foi consequência de um processo de enfraquecimento tático e técnico do futebol brasileiro nos últimos anos. E da infelicidade de Felipão na composição e na preparação do time.
Claro que a goleada homérica foi chocante, até exagerada, mas merecida. Por isso, em vez do sofrimento e do constrangimento o torcedor brasileiro rapidamente superou o trauma e encarou o maior vexame da história do país do futebol com naturalidade.
Para os cartolas da CBF constituiu mero acaso, uma fatalidade, tanto que continuam pensando assim, pois do contrário não teriam nomeado Dunga para o cargo de comandante em um processo de recuperação da arte que glorificou a seleção nacional no passado.
A dura lição parece não ter sensibilizado os donos da bola que continuam cometendo os mesmos erros.
Atletiba
Hoje o futebol começa mais cedo com São Paulo e Coritiba no Morumbi. À tarde, na Arena da Baixada, o Atlético receberá o Fluminense de Enderson Moreira.
A dupla Atletiba vem de maus resultados com a barra pesando mais forte para o lado alviverde que empatou duas vezes sem gols jogando em casa. A torcida coxa-branca esta horrorizada com a má campanha, pois os resultados negativos se acumulam mesmo depois da contratação de um time inteiro de jogadores rotulados como reforços.
A esperança é o Coxa tirar proveito da instabilidade do São Paulo.
O Furacão tentou enfrentar o Corinthians de igual para igual e conseguiu equilibrar as ações no plano tático e no sentido coletivo, mas fracassou na parte individual. A defesa falhou feio nos dois gols sofridos e, nas raras oportunidades surgidas, o avante Cléo pifou.
Com o retorno de Walter as esperanças se renovam. O rechonchudo jogador transformou-se em ídolo da frenética torcida atleticana.
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