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Responsável por 81 gols no ano (média de 2,61, em 31 jogos), o ataque do Coritiba foi muito elogiado na sequência de 24 vitórias que valeu o recorde nacional. A defesa sofria as consequências de um estilo de jogo ofensivo, ficando muitas vezes exposta.

Mas no empate por 0 a 0 com o Ceará, jogo de ida pela semifinal da Copa do Brasil, foi a retaguarda que se destacou. O Alviverde não deixou o adversário entrar trabalhando a bola em sua área nenhuma vez. As únicas chances dos cearenses foram em chutes de longe e bolas levantadas.

Muito se deve à participação do s jogadores de frente na marcação (no campo ao lado, as funções defensivas de todos). O técnico Marcelo Oli­veira conseguiu que o time percebesse a im­­por­tância de fechar os espaços. Se costuma desequilibrar com mo­­vimen­tação ofensiva, o trio de meias-atacantes – originalmente formado por Rafinha, Davi e Marcos Aurélio, mas atualmente com Anderson Aquino no lugar do último, lesionado – também tem sido fundamental para pressionar a saída adversária e forçar um erro.

Logo atrás, na imediata proteção da linha defensiva, a dupla de volantes Leandro Donizete e Léo Gago encontrou uma ótima sintonia, tanto na marcação quanto no apoio ao ataque.

A marcação já havia funcionado bem na goleada por 6 a 0 sobre o Palmeiras, cabendo ao treinador elogiá-la quando todos falavam do ataque. Foi não deixando o time paulista jogar e recuperando a bola a todo momento que o Coxa começou a construir o resultado histórico.

Aquela partida serve de modelo: defesa e ataque funcionaram quase perfeitamente. Em For­taleza o setor ofensivo não esteve tão bem, o que explica o 0 a 0. No geral, a defesa sofreu 21 gols em 2011 (média de 0,68). Se voltar a ser intransponível no jogo de volta com o Ceará, basta o ataque produzir o suficiente para um gol que o Coxa estará na decisão.

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