Crucificado pela falha no segundo gol da Chapecoense, o goleiro Bruno redimiu-se com soberba atuação no triunfo do Coritiba sobre o Grêmio.
Foi a vitória de Bruno sobre aqueles que não confiam em seus recursos para merecer a condição de titular. Entenda-se por “aqueles” os dirigentes que teriam a obrigação de conhecê-lo e que, na primeira falha, correram atrás de Dida, Aranha e outras peças no volume morto do futebol brasileiro.
Para quem não vive o dia-a-dia do clube e muito menos acompanha os treinamentos - como eu e, acredito, a maioria absoluta da torcida - houve precipitação no julgamento do jovem goleiro. As coisas andam nebulosas na cúpula do Coritiba com gente importante renunciando aos cargos.
No mais, o time jogou melhor e soube aproveitar as incríveis falhas da retaguarda adversária demonstrando que, positivamente, Felipão e Murtosa vivem inferno astral desde os catastróficos 7 a 1 para a Alemanha.
Pelo ritmo e qualidade técnica, Ruy e Thiago Galhardo conseguiram ajeitar a meia-cancha, o que custou o afastamento de Negueba do time principal.
Vitória justa e reabilitadora.
Falta elenco
Milton Mendes distribuiu taticamente bem o time atleticano em campo, jogando com personalidade e pressionando o Goiás na busca do gol. Se Walter tivesse aproveitado uma oportunidade imperdível para marcar, muito provavelmente a história do jogo seria outra. Mas o camisa 18 atrapalhou-se e finalizou mal para a defesa de Renan.
Aos poucos, Hélio dos Anjos foi corrigindo as deficiências até conseguir equilibrar as ações e, na etapa complementar, partir para cima e liquidar a fatura. Foi aí que se observou a falta de elenco do Atlético, pois na tentativa de salvar a lavoura o treinador perdeu tempo e o jogo com Bady, Edigar Junio e Nikão. Dos que começaram atuando a decepção foi Douglas Coutinho, completamente alienado do conjunto pelos motivos já conhecidos.
Com tantos atrapalhos na pré-temporada, constituição do elenco e no troca-troca de treinadores, os atleticanos se preparem para uma campanha árdua. Talvez o fator Arena da Baixada funcione mesmo como válvula de escape. Literalmente.
Reiventando-se
Para entender a goleada do Santa Cruz sobre o Paraná basta correr os olhos pelas escalações e constatar a superioridade dos pernambucanos.
Trocando em miúdos: Ricardinho trabalha com grupo experiente e mais qualificado do que o reunido para a missão de Nedo Xavier. Vida que segue, o Paraná vai reinventando-se a cada semestre como clube e a cada rodada como equipe.
O próximo desafio será com o Boa Esporte, na Vila Capanema.
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