Daytona Beach, EUA - No domingo, o Autódromo Internacional de Daytona Beach, na Flórida, recebeu o maior evento do automobilismo norte-americano: a corrida Daytona 500, da Nascar. A disputa ganha esse título por ser grande em vários sentidos como a duração prevista de mais de três horas em 200 voltas, 43 carros na pista com velocidades que chegam a 300 km/h , mas principalmente pela quantidade de pessoas presentes para acompanhar a primeira prova do ano do principal campeonato de stock car.
Divididas em duas grandes arquibancadas, cerca de 160 mil pessoas lotaram os assentos disponíveis no autódromo. Os ingressos se esgotaram dias antes da corrida. Além disso, estima-se que o público total tenha se aproximado de 250 mil pessoas, ao considerar os espectadores que estavam na parte interna do autódromo, um terreno com área equivalente a 60 campos de futebol.
A maior parte desse espaço é ocupada por ônibus e trailers, verdadeiras casas sobre rodas. Os proprietários pagam até US$ 2,8 mil, equivalente a R$ 6,4 mil, para poder estacionar por nove dias dentro do autódromo, além de uma taxa por pessoa. O preço varia de acordo com a visibilidade que o terreno proporciona. Dessa maneira, é possível acompanhar todos os treinos e sessões classificatórias da semana que antecede a Daytona 500.
No entanto, o valor pago não dá direito a acesso às arquibancadas. O jeito é improvisar e levar cadeiras de praia para cima dos veículos. Também é comum ver antenas, tevês de plasma e telões para acompanhar a transmissão da corrida.
Na pista, o cobiçado título de campeão da Daytona 500 não saiu para o piloto mais rápido e nem para aquele que liderou o maior número de voltas. Desta vez foi a sorte o fator determinante da vitória. Quem dominou a prova foi o piloto Kyle Busch, com o Toyota nº 18, que largou na quarta colocação e foi líder por 88 voltas. A supremacia de Busch acabou na volta 123, quando ele e mais sete candidatos à vitória se envolveram em um acidente.
Quem se deu bem foi Matt Kenseth, do Ford nº 17. Ele assumiu a ponta ao ultrapassar o Dodge nº 19 de Elliott Sadler líder por 24 voltas. Segundos depois da mudança de posições, um acidente no pelotão de trás causou uma bandeira amarela e as ultrapassagens estavam proibídas. "Eu sabia que se passasse Elliott e pudesse segurar um pouco não iríamos para os boxes novamente", disse Kenseth em relação à possibilidade de chuva. "A equipe falou que ela estava a caminho, o céu estava escurecendo e já estava garoando por algum tempo. Assim que assumi a liderança, vi gotas maiores de chuva e, em seguida, a bandeira amarela."
Sete voltas depois, a direção de prova decidiu suspender a corrida temporariamente e avaliar as condições climáticas. Por questões de segurança, o regulamento da Nascar não permite que a prova continue em caso de chuva. A previsão das equipes dizia que a situação continuaria inalterada por mais três horas. Em seguida, com 152 voltas completadas das 200 previstas, os comissários declararam a prova encerrada e Matt Kenseth o campeão. De acordo com as regras, o troféu fica com quem estava na frente quando a corrida é interrompida.
O título da Daytona 500 encerrou uma série de um ano sem vitórias de Kenseth. Essa foi a primeira vez que o piloto venceu a corrida mais famosa dos Estados Unidos. Agora, ele e a equipe do carro 17 esperam conseguir outros bons resultados nas demais 35 provas a serem disputadas até novembro. O próximo objetivo é a etapa da Califórnia, que ocorre no próximo domingo.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura