Cenas da grande festa do automobilismo norte-americano, domingo, em Daytona Beach: as arquibancadas lotadas por cerca de 160 mil pessoas...| Foto: Pierre Ducharme/ Reuters
... o músico Keith Urban no show pré-corrida...
... um dos muitos acidentes da prova...
... e o encontro entre a celebridade das pistas Juan Pablo Montoya e a das telas, Tom Cruise

Daytona Beach, EUA - No domingo, o Autódromo Internacional de Daytona Beach, na Flórida, recebeu o maior evento do automobilismo norte-americano: a corrida Daytona 500, da Nascar. A disputa ganha esse título por ser grande em vários sentidos – como a duração prevista de mais de três horas em 200 voltas, 43 carros na pista com velocidades que chegam a 300 km/h –, mas principalmente pela quantidade de pessoas presentes para acompanhar a primeira prova do ano do principal campeonato de stock car.

CARREGANDO :)

Divididas em duas grandes arquibancadas, cerca de 160 mil pessoas lotaram os assentos disponíveis no autódromo. Os ingressos se esgotaram dias antes da corrida. Além disso, estima-se que o público total tenha se aproximado de 250 mil pessoas, ao considerar os espectadores que estavam na parte interna do autódromo, um terreno com área equivalente a 60 campos de futebol.

A maior parte desse espaço é ocupada por ônibus e trailers, verdadeiras casas sobre rodas. Os proprietários pagam até US$ 2,8 mil, equivalente a R$ 6,4 mil, para poder estacionar por nove dias dentro do autódromo, além de uma taxa por pessoa. O preço varia de acordo com a visibilidade que o terreno proporciona. Dessa maneira, é possível acompanhar todos os treinos e sessões classificatórias da semana que antecede a Daytona 500.

Publicidade

No entanto, o valor pago não dá direito a acesso às arquibancadas. O jeito é improvisar e levar cadeiras de praia para cima dos veículos. Também é comum ver antenas, tevês de plasma e telões para acompanhar a transmissão da corrida.

Na pista, o cobiçado título de campeão da Daytona 500 não saiu para o piloto mais rápido e nem para aquele que liderou o maior número de voltas. Desta vez foi a sorte o fator determinante da vitória. Quem dominou a prova foi o piloto Kyle Busch, com o Toyota nº 18, que largou na quarta colocação e foi líder por 88 voltas. A supremacia de Busch acabou na volta 123, quando ele e mais sete candidatos à vitória se envolveram em um acidente.

Quem se deu bem foi Matt Kenseth, do Ford nº 17. Ele assumiu a ponta ao ultrapassar o Dodge nº 19 de Elliott Sadler – líder por 24 voltas. Segundos depois da mudança de posições, um acidente no pelotão de trás causou uma bandeira amarela e as ultrapassagens estavam proibídas. "Eu sabia que se passasse Elliott e pudesse segurar um pouco não iríamos para os boxes novamente", disse Kenseth em relação à possibilidade de chuva. "A equipe falou que ela estava a caminho, o céu estava escurecendo e já estava garoando por algum tempo. Assim que assumi a liderança, vi gotas maiores de chuva e, em seguida, a bandeira amarela."

Sete voltas depois, a direção de prova decidiu suspender a corrida temporariamente e avaliar as condições climáticas. Por questões de segurança, o regulamento da Nascar não permite que a prova continue em caso de chuva. A previsão das equipes dizia que a situação continuaria inalterada por mais três horas. Em seguida, com 152 voltas completadas das 200 previstas, os comissários declararam a prova encerrada e Matt Kenseth o campeão. De acordo com as regras, o troféu fica com quem estava na frente quando a corrida é interrompida.

O título da Daytona 500 encerrou uma série de um ano sem vitórias de Kenseth. Essa foi a primeira vez que o piloto venceu a corrida mais famosa dos Estados Unidos. Agora, ele e a equipe do carro 17 esperam conseguir outros bons resultados nas demais 35 provas a serem disputadas até novembro. O próximo objetivo é a etapa da Califórnia, que ocorre no próximo domingo.

Publicidade