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Maringá – De pangaré rebaixado a campeão paranaense. Esse é o sonho que move três dos principais jogadores da Adap na final do Estadual, no Willie Davids. Renegado pelo Coritiba, o trio Élvis, Souza e Marcelo Peabiru viu o Coxa cair para a Segunda Divisão pela televisão. Sem espaço com Cuca e Márcio Araújo, pouco jogaram. Em muitos casos, eram excluídos até mesmo do banco de reserva.

A traumática queda antecipou o fim da aventura na capital. Sem êxito, o jeito foi arrumar as malas e voltar para Campo Mourão. Recebidos de braços abertos pelo técnico Gilberto Pereira, Souza, Peabiru e Élvis renasceram para o futebol e reencontraram a alegria de jogar.

"Conheço muito bem os três e posso dizer sem medo de errar que se tratam de atletas do mais alto nível, excelentes tecnicamente. Não estava no Coritiba para saber o que aconteceu exatamente. Mas mesmo de longe, acho que eles foram mal aproveitados", afirmou o treinador.

A tese do descaso é compartilhada pelos renegados. Ainda que não admitam guardar mágoas do período no Alto da Glória, as cutucadas à direção alviverde saem quase que espontaneamente da boca da trinca.

"É até difícil falar. Para algumas posições existia um monte de jogadores, já em outras faltava. Foi o que aconteceu comigo. Disputava vaga com atletas que tinham bem mais nome do que eu. Sobrou para mim, que era o menos conhecido", comentou Souza, o maestro do meio-de-campo da Adap.

Já a explicação do atacante Marcelo Peabiru é um pouco mais branda: "É claro que faltou oportunidade. Mas não posso reclamar. Respeito muito o Coritiba e gostei de ter jogado lá. Não deu certo, paciência. Mas hoje, aqui na Adap, pudemos mostrar que temos condições de atuar em qualquer time do Brasil", decretou, recebendo em seguida um sinal de confirmação com a cabeça do lateral Élvis.

E o destino, contudo, tratou de recolocar o Coxa na vida do trio. Só que dessa vez em lados opostos. Vitória dos excluídos, que ajudaram o Leão a eliminar o "patrão" de outrora e a garantir presença na decisão do Regional. Feito inédito que poderia muito bem soar como uma resposta. Não para eles. "Como já disse: não tenho mágoa. Tudo o que aconteceu faz parte do futebol", analisou Souza.

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