Alviverdes
Alternativas
Durante as tratativas com o Palmeiras para a liberação de Keirrison, o Coritiba se interessou pela possível vinda do ex-meia paranista Éverton, atualmente no Flamengo. O jogador pertence à Traffic, parceira palmeirense, e seu empréstimo seria parte do pagamento. Também foi cogitada a possibilidade de o clube continuar com uma participação nos direitos econômicos do K9.
Fora dos planos
O diretor de futebol Homero Halila confirmou que chegou a entrar em negociação a vinda do zagueiro chileno Nelson Saavedra, do Palestino. Porém, o empresário Juan Figer condicionou a contratação dele à saída do meia Marlos, o que o Coritiba não aceitou.
De saída
O lateral-direito Arílton viajou ontem para Porto Alegre e só precisa assinar contrato para ser anunciado como reforço do Inter. O Alviverde confirmou a venda dos direitos federativos, mas não divulgou o valor.
Time
O técnico Ivo Wortmann montou ontem um time completamente diferente do dia anterior, trocando o 442 pelo 352. Ele continua revezando os goleiros Edson Bastos e Vanderlei. O restante do time começou com Pereira, Felipe e Rodrigo Mancha; Pedro Ken, Rodrigo Pontes, Douglas Silva, Carlinhos Paraíba e Guaru; Marlos e Marcos Aurélio.
No fim da manhã de ontem as diretorias de Coritiba e Palmeiras chegaram a um acordo: R$ 2 milhões à vista pela liberação dos direitos federativos e os 20% dos direitos econômicos do atacante Keirrison que ainda pertenciam ao Coxa. O site do clube paulista chegou a confirmar a negociação, com o título "É do Palmeiras!!!!", em nota que continuava no ar à noite. Mas a essa altura a transação havia emperrado em um detalhe. A ação movida pelo departamento jurídico alviverde para tentar ficar com os 80% do jogador que pertenciam à Mais Sports Brazil, empresa que gerencia a carreira do atacante.
Segundo o Coritiba, já estava tudo acertado quando a MSB tentou incluir a desistência do clube na ação como parte do negócio. Já os empresários de Keirrison garantem que nem o Palmeiras nem a parceira Traffic querem efetivar a compra deixando em aberto um imbróglio judicial. Únicos em condições de dizer quem está falando a verdade, nenhum dirigente palmeirense atendeu o telefone.
Em sua argumentação, o presidente do Conselho Deliberativo coxa-branca, Tico Fontoura, que conduziu a negociação, pretendeu deixar claro que o que estava sendo negociado eram apenas os 20% sob o poder do clube.
"Eles tentaram empurrar a ação junto", afirmou, chegando a citar uma frase que teria ouvido do vice-presidente do Palmeiras, Gilberto Cipullo: "Isso não nos cabe discutir, é problema de vocês."
Os empresários sustentam que não chegaram a vender os 80% para a Traffic em outubro, como foi amplamente divulgado pela mídia, inclusive vindo à tona o valor de R$ 8 milhões.
"O Keirrison apenas assinou um pré-contrato com o Desportivo Brasil, clube da Traffic", diz Naor Malaquias, sócio da Mais Sports. "Por isso não há sentido nessa ação. Agora nos propomos a abrir mão dos nossos 80% para concretizar a ida para o Palmeiras", acrescenta.
De acordo com a posição do empresário, R$ 2 milhões seria o pagamento por 100% dos direitos econômicos. A Mais Sports teria direito a R$ 1,6 milhão, mas deixaria o valor integral para o clube. Porém a diretoria coritibana acredita que tudo não passa de uma manobra e pretende continuar cobrando os R$ 8 milhões na Justiça.
Malaquias ainda reclamou do afastamento de Keirrison do treino. "A diretoria o tirou sem ter fechado o negócio. Agora vai criar toda uma sensação nas torcidas do Coritiba e do Palmeiras." Keirrison fez coro com seu agente. "Fiquei chateado, porque a torcida agora talvez ache que estou querendo sair", disse, em seguida citando uma dívida da diretoria com o elenco. "Acho que o clube poderia ter aceitado esses R$ 2 milhões até pela situação em que está. Nós jogadores temos coisas pendentes, que não recebemos no ano passado."
Declarações prontamente respondidas pelo diretor de futebol Homero Halila. "O tiramos do treino porque havia a negociação e poderia se machucar ou algo assim. Já os salários, inclusive o 13º, estão em dia. Faltam alguns bichos sim, como da final do Paranaense. A classificação para a Sul-Americana também, mas isso pagaremos quando recebermos (o prêmio pela vaga) da CBF, e os jogadores sabem disso. Talvez ele esteja querendo forçar uma situação."
Ou seja, as relações ficaram estremecidas entre o clube e o K9. Porém, ontem mesmo ele voltou ao hotel em que o time está concentrado, em Quatro Barras, e hoje treinará normalmente.
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Entenda o caso
O que o Coritiba pede na ação contra a Mais Sports?
O clube quer a totalidade dos direitos federativos do jogador. A alegação é que na última renovação de contrato do K9 não foi estendida a parceria nos direitos, que reservava 20% ao Coritiba.
Qual o estágio atual da ação?
O último parecer é de novembro, quando o juiz Diego Santos Teixeira, da 19ª Vara Cível de Curitiba, determinou o depósito em juízo do valor que a Traffica teria pago à Mais Sports Brazil por 80% dos direitos do atleta. Não há previsão de um novo parecer.
Por que a ação é crucial?
A questão central é qual o percentual do K9 está sendo negociado. No entedimento do Coritiba, 20% e os outros 80% são alvo da disputa judicial. Para a MSB, a venda é de 100% e a empresa abriria mão da sua parte (R$ 1,6 milhão) para o clube. Como o percentual tem que estar no contrato de venda, um dos dois lados é obrigado a ceder. Se o Coxa concordar com a MSB, estará automaticamente aceitando que a empresa não vendeu sua parte para a Traffic, o que prejudicaria a ação judicial. Se a MSB aceitar que a venda é de 20%, terá de prestar contas da sua parte.
A MSB vendeu a sua parcela de Keirrison à Traffic?
A notícia foi amplamente divulgada em outubro pela imprensa nacional, inclusive com o valor (R$ 8 milhões). A MSB diz que não. Diz apenas que Keirrison asssinou um contrato com o Desportivo Brasil, clube-laranja da Traffic.
Se os clubes chegaram a um acordo, por que o negócio não foi fechado?
Porque a transferência só pode ser fechada com a concordância e a assinatura do jogador. O K9 só irá assinar se os seus agentes concordarem com o negócio.
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