Acusados de morte de torcedor são condenados a mais de 14 anos de prisão

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Depois de 15 horas de julgamento, os acusados de espancar até a morte um torcedor do Corinthians em março de 2004, Edmílson José da Silva, de 31 anos, e Alessandro Almeida Borges Pereira, 26, foram condenados, cada um, a 14 anos, quatro meses e 24 dias de reclusão, por crime triplamente qualificado por motivo torpe, dificuldade de defesa da vítima e emprego de meio cruel.

O julgamento dos dois palmeirenses começou às 12h30 de quarta-feira (14) e só terminou às 3h30 da madrugada desta quinta (15), no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.

Presos

De acordo com a sentença, os acusados deverão permanecer presos mesmo que seus advogados recorreram da decisão.

Silva e Pereira foram responsabilizados pela morte de Marcos Gabriel Cardoso Soares, que tinha 16 anos na época do crime. Ele foi agredido nas imediações da Estação Barra Funda do Metrô, também na Zona Oeste da capital paulista, durante um confronto entre as torcidas que seguiam para o Morumbi, na Zona Sul, para assistir ao clássico Palmeiras x Corinthians, pelo Campeonato Paulista.

Embora bastante machucado, Soares conseguiu andar até um local seguro e mais tarde foi para casa. Porém, morreu horas depois devido a um traumatismo craniano.

Encapuzado

A sessão foi realizada no 5º Tribunal do Júri e foi presidida pela juíza Márcia Helena Bosch. Oito testemunhas – três de acusação e cinco de defesa – foram ouvidas. Uma testemunha de acusação, cujo nome foi preservado, falou no tribunal sob proteção policial e vestindo um capuz. Por segurança, o plenário foi esvaziado.

O conselho de sentença - formado por sete jurados - optou por veredictos diferentes para cada um dos acusados. Edmílson Silva, por exemplo, foi considerado responsável pelo crime por cinco votos a dois. Alessandro Pereira acabou considerado culpado por uma margem mais apertada: 4 a 3.