São Paulo (Folhapress) – As mesmas arquibancadas de Interlagos que ferveram nos últimos cinco anos tentando empurrar Rubens Barrichello para uma inédita vitória em casa murcharam ontem. Sentiram-se órfãs. Com o mais veterano dos brasileiros ao volante de uma Ferrari em crise e com os outros dois pilotos do país em carros medianos, a torcida tornou-se platéia.

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E, assim, o mais emocionado pela despedida de Barrichello da condição de principal piloto do país foi o próprio. A partir do ano que vem, Felipe Massa, hoje na Sauber, assumirá o posto de parceiro de Michael Schumacher. "Foi uma despedida muito legal, e eu agradeço tudo aquilo que sempre fizeram por mim’’, disse ele.

Ao fazer um balanço dos anos na Ferrari, disse que as relações com a equipe começaram a piorar após o GP da Áustria de 2002, quando teve que ceder a vitória a Schumacher, e que não saiu antes pois não teve propostas. No ano que vem, Barrichello correrá pela BAR.

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Nas arquibancadas, a vibração por Barrichello ficou na largada. Ao parar seu carro na nona posição do grid, saudou o público. Na primeira volta, como para mostrar quem ainda mandava em Interlagos, conquistou uma posição: exatamente sobre Massa.

A vibração só voltou na 44.ª volta, quando ele venceu um acirrado duelo com Jenson Button, da BAR. Assumiu, então, a sexta colocação, de onde não mais saiu.

Os demais brasileiros tiveram desempenhos piores que o de Barrichello. Massa largou em 8.º, cehgou em 11.º, mas demonstrou otimismo para 2006. "Pressão a gente tem em toda equipe grande. Estou preparado. A Ferrari é uma ótima oportunidade", disse.

Pior mesmo foi Antônio Pizzonia. A corrida do piloto da Williams acabou antes da primeira curva, resultado de um toque de David Coulthard, da Red Bull, que o jogou no muro. "O Coulthard tem centenas de GPs nas costas e comete esse tipo de erro", reclamou.

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