O fim de ano da família Cardozo não será comemorado como em vezes anteriores. A adolescente Narayana Rohn Cardozo, de 15 anos, segue com risco de perder a visão do olho esquerdo.
No dia 30 de outubro, no clássico entre Atlético e Paraná, pelo Brasileirão, a torcedora paranista e o namorado Jefferson Roberto Padilha, 20, foram atingidos por balas de borracha disparadas pela Polícia Militar, na saída da Arena da Baixada.
Narayana levou um tiro no olho esquerdo e, após duas cirurgias, segue sem enxergar. A última intervenção médica foi no dia 25 de novembro, quando foi retirado um glaucoma da vista. De acordo com o pai da adolescente, Sérgio B. Cardozo, agora ela não está sentindo dores.
"No dia 9 de janeiro ela vai ter uma consulta para ver quando será marcada a última cirurgia", explicou o pai da adolescente. De acordo com Cardozo, essa operação irá definir se Narayana vai voltar a enxergar com a vista esquerda.
"O médico confirmou que como era antes, o olho não vai ficar mais. Vai ter lente e a visão não vai voltar 100%", afirmou Cardozo que prevê para daqui a quatro meses a cirurgia definitiva.
"Isso mudou muito a nossa vida, eu peguei uma gastrite nervosa e chorei muito. Agora já coloquei os pés no chão, voltei a trabalhar e estamos levando a vida...", esclareceu o pai da adolescente que no dia 22 de novembro estava bem abalado com a situação da filha.
Cardozo afirmou que desde do acontecimento, do dia 30 de outubro, que mudou a vida da sua família muitos foram os gastos financeiros e emocionais. Segundo Cardozo, estes últimos dificilmente serão recuperados. "Ninguém deu apoio para nós e agora já estou pensando em entrar na Justiça", explicou o pai da adolescente que no ano que vem definirá como vai tomar as medidas judiciais.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Deixe sua opinião