O carro do atacante corintiano Adriano, com marca de tiro na lataria, foi levado pela polícia para perícia| Foto: EFE

O atacante Adriano, do Corinthians, está sendo acusado por Adriene Cyrilo Pinto, de 20 anos, de tê-la baleado acidentalmente na mão esquerda, dentro do BMW do atleta, depois de saírem da boate Barra Music, na zona oeste do Rio de Janeiro, às 6 h da manhã deste sábado. Segundo a mulher, o jogador alvejou-a acidentalmente ao manusear a pistola calibre ponto 40 de um segurança, o tenente da reserva da Polícia Militar Júlio César de Oliveira.

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O policial aposentado afirmou que Adriano brincava com a arma quando houve o disparo. A mulher ferida sofreu fratura exposta e foi levada para a emergência do Hospital Barra D'Or para ser submetida a uma operação ainda neste sábado. Está fora de perigo.

Duas outras mulheres estavam no carro, que, com uma marca saída do tiro na lataria e restos de sangue, foi apreendido, para ser submetido à perícia. Uma delas, Viviane Faria, foi prestar depoimento na 16.ª DP, na Barra da Tijuca, assim como Oliveira, ambos como testemunhas.

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Adriano, até o fim da manhã não se pronunciara sobre o caso. Amigos do corintiano teriam dito ao site Globo.com que o atleta nega ter sido o autor do tiro e que a perícia confirmará que a bala veio da parte de trás do veículo e não da frente, onde ele estava.

O jogador já teve seu nome envolvido em outros incidentes policiais no passado. Foi ouvido como testemunha em uma investigação sobre tráfico de drogas na Vila Cruzeiro, favela onde passou a infância e a adolescência, e já teve divulgadas imagens suas nas quais, supostamente, fazia apologia da facção criminosa Comando Vermelho.

O atacante também já foi acusado de ter comprado uma motocicleta e registrá-lo em nome de Marlene de Souza, mãe de Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, então chefe do tráfico nos morros da Fé, Chatuba, Caracol e Sereno, em 2008. Com 64 anos, Marlene nunca tirara a Carteira Nacional de Habilitação.