O atacante Adriano, ex-Flamengo, foi intimado pela segunda vez pela polícia a prestar depoimento em inquérito que investiga o tráfico de drogas na Vila da Penha, zona norte do Rio. Ele teria sido citado numa conversa entre traficantes que comentavam uma doação de R$ 60 mil que o jogador teria feito a Fabiano Atanásio chefe do tráfico na Vila Cruzeiro, favela em que Adriano foi criado.
O jogador era aguardado às 14 horas desta segunda-feira (31) para depor, mas não compareceu. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Luiz Alberto de Andrade, titular da 38.ª DP (Brás de Pina), o atacante irá depor até esta quarta. "Se não vier, poderemos tomar medidas legais para conduzi-lo à delegacia. Ele será ouvido como testemunha, pois no decorrer das investigações o nome dele foi citado", explicou o delegado.
Perguntado se havia mandado de prisão contra alguém no inquérito Andrade disse que "ainda não". Um dos advogados que representa o atacante, Adilson Fernandes passou cerca de três horas e meia na delegacia. "Adriano não pode vir pois tinha compromissos pessoais", disse, ao sair da delegacia.
A Polícia Militar foi chamada para ajudar o advogado a sair da delegacia, na frente da qual cerca de 200 fãs do ídolo do Flamengo se concentravam. Sob o coro de "o Imperador voltou", adultos, adolescentes e crianças seguravam camisas e canetas na esperança de que Adriano comparecesse. Mulheres entregavam cartas aos repórteres com o pedido de que os jornalistas as fizessem chegar até o atacante.
Na edição desta segunda, o jornal O Dia publicou fotos de Adriano em que ele aparece com um uma arma, aparentemente um fuzil, ao lado de outra pessoa, que segurava uma metralhadora dourada. Segundo o advogado do atacante, o fuzil é uma arma de brinquedo usada para a prática de paintball e a outra arma é o cabo de um abajur muito vendido na Itália. As fotos teriam sido feitas há cerca de seis anos, na casa do jogador, em Milão.
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