A convocação para a partida de amanhã contra o Nacional de Rolândia, primeira do Atlético na Arena em 2006, pegou o meia Adriano Gabiru de surpresa. Com contrato até junho do ano que vem, ele está treinando há duas semanas no CT do Caju. Porém esperava ser utilizado apenas depois que fosse definida sua permanência no clube.
"Na verdade não está tudo certo ainda", afirmou o jogador, protagonista de um dilema. Emprestado ao Cruzeiro em 2004, ele viu seu salário crescer (em torno de R$ 70 mil). O fim do compromisso com o clube mineiro e o retorno ao Rubro-Negro significaram também a volta dos vencimentos ao patamar da época em que deixou Curitiba (aproximadamente R$ 50 mil). Agora esperava ganhar um aumento ou se transferir para outro clube que pagasse algo parecido com o que recebia até dezembro na Raposa.
Enquanto Adriano treina e provavelmente até jogue pelo Furacão seu procurador, Luís Taveira, continua conversando com clubes interessados. O Internacional foi quem chegou mais perto, mas as dificuldades de negociação com a diretoria atleticana fizeram a transação esfriar.
Mesmo não escondendo que ainda pode sair, o jogador diz estar contente com a possibilidade de voltar a vestir a camisa rubro-negra. "Até tomei um susto quando entrei no vestiário e vi meu nome na relação. Mas tenho contrato com o Atlético e estou feliz por ser convocado. Trabalhei forte a parte física e acho que não vou ter problema se o treinador me colocar", declarou.
Ao contrário de outros possíveis estreantes de amanhã, como Ferreira, Dênis Marques e Rodrigão, Adriano, com dores nas costas, não participou do jogo-treino de ontem, contra o Marcílio Dias. Por isso dificilmente começará a partida contra o Nacional.
No entanto, o técnico interino Vinícius Eutrópio o incluiu na lista dos jogadores que precisam adquirir ritmo de jogo. "Sabemos que nenhum atleta vai estrear com 100% de sua condição. Vamos dentro do possível colocar esse pessoal para minimizar os problemas da inatividade", explicou.
Caso Adriano entre em campo, resta saber qual será a reação dos torcedores ao vê-lo de volta com a camisa rubro-negra. "Podem ser palmas ou vaias, mas acho que isso não vai acontecer. Eu tenho um respeito muito grande pela torcida do Atlético e acho que ela por mim", concluiu o Gabiru.