Polêmico e bad boy, mas só em frente às câmeras. Para quem convive quase que diariamente com Nick Diaz, rival de Anderson Silva hoje, em Las Vegas, o americano é oposto da imagem que passa ao grande público. A máscara de lutador esconde um cara humilde, tranquilo e de enorme coração -- e com um quê de superatleta.
"Ele sempre está correndo, nadando ou pedalando... treinando em horários malucos", cita o professor de jiu-jítsu Matheus André, parceiro de treinos de Diaz na academia César Gracie, em Stockton, na Califórnia. "O Nick pratica triatlo, participa de competições e tem um nível muito alto, quase olímpico", elogia Alessandro Ferreira, também professor da arte suave e colega do americano.
Para completar o preparo físico privilegiado, Nick e o irmão, Nate Diaz, também atleta do UFC, seguem uma restrita dieta sem glúten. Assim, conseguem permanecer perto do peso da categoria e sofrem bem menos do que a maioria antes de encarar a balança.
Isso não impede, porém, que ambos façam uso medicinal de maconha no período fora de competição. Em 2012, contudo, Nick caiu no antidoping e foi suspenso por um ano. Não foi a primeira polêmica em que se envolveu.
Avesso a entrevistas, o lutador de 31 anos já perdeu a chance de disputar o título dos meio-médios (até 77 kg) porque perdeu dois voos consecutivos que o levariam para uma entrevista coletiva nesta semana, ele repetiu a dose e faltou ao treino aberto ao público na MGM Grand Garden Arena. Um ano e meio depois, enfrentou o então campeão Georges St. Pierre. Derrotado por decisão unânime.
Antes do combate, Diaz não poupou provocações ao canadense. Estilo adotado desde quando estreou no UFC, em 2004, dois anos antes do Spider. De acordo com Ferreira, uma tática de motivação. "Ele grita e xinga o outro para ter um foco, tem de achar um motivo para bater no cara", diz.
Ao contrário da 'vida real', quando os amigos o resumem como uma pessoa simples e generosa. "A gente treina, vai comer um burrito, um taco. Os caras [irmãos Diaz] são bem humanos, bem amigos mesmo. Pessoas de verdade, não estrelas. Me ajudaram muito quando cheguei aqui sem falar inglês", ressalta Matheus, que vive nos EUA há oito anos.
Desde que teve a luta contra Anderson Silva anunciada, contudo, o americano tem segurado a língua e até declarou que não seria justo mirar a perna operada do brasileiro.
Com vitórias em duelos de boxe profissional e nível de jiu-jítsu comparável ao de campeões mundiais, ele está decidido a estragar o retorno do ex-campeão.
"Está focado na missão, como dizemos. Só vê o Anderson na cabeça, só fala disso", revela Ferreira, que prevê uma luta aberta e histórica. "Ele não tem nada a perder porque o Anderson, que é uma lenda, compete na divisão de 84 kg e também 93 kg. O Nick é um meio-médio (até 77 kg) natural. Será um lutão", confia Matheus.
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