Os torcedores do Coritiba esperavam para esta quinta-feira mais dois capítulos na interminável crise administrativa alviverde, mas nenhum deles "foi ao ar". No primeiro deles o presidente Giovani Gionédis havia anunciado uma entrevista coletiva no Couto Pereira, possivelmente para se posicionar sobre a recusa de Domingos Moro em aceitar o cargo de diretor de futebol, mas ela foi cancelada. Já o segundo capítulo tinha como protagonista o advogado Raul Rangel, que protocolaria uma ação criminal contra Gionédis.
Em razão da extinção da Procuradoria de Investigação Criminal (PIC), no início da semana, o representante legal do ex-presidente Evangelino Neves adiou o protocolo do processo. "Por causa da extinção da PIC, mudamos a estratégia mais uma vez. Hoje (quinta) estivemos na Secretaria da Segurança para conversar com o secretário. Ficou acertado que iremos solicitar a designação de um delegado especial para cuidar deste caso", explicou Rangel.
Segundo o advogado, serão dois processos: um por falsidade ideológica, pelas supostas falsificações nas assinaturas de Evangelino; e falsificação de documentos. "Entraremos com um pedido de prisão preventiva contra Gionédis e toda a diretoria que esteve presente na coletiva de segunda-feira. Com isso, nós queremos evitar que o Gionédis interfira no processo de alguma forma".
O advogado disse que o atual presidente o acusou de usar a imagem de Evangelino para se promover. "Ele disse que estava usando a imagem do ex-presidente, mas isso é um absurdo. Não preciso disso. Tenho uma carreira de mais de 10 anos no direito".
Para o presidente do Coritiba, a atitude é desespero da oposição. "Quando uma premissa falsa desmorona, como essa da assinatura, não há mais nada a se dizer. Todas as pessoas têm o direito de protocolar o que quiser, contra quem quiser, desde que assuma a responsabilidade pelas conseqüências que possam existir. O que não entendem é que não fui eu quem fez o laudo, mas sim dois peritos especializados. Para mim é um caso encerrado".
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