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O grande nome da noite foi o Moses Mabhida. Pena que ele não joga pela seleção sul-africana, apenas batiza um dos estádios mais espetaculares da Copa do Mundo. Diante de cerca de 35 mil torcedores, que esgotaram os ingressos horas antes da partida, a África do Sul mostrou o velho futebolzinho de sempre, assim mesmo, no diminutivo, e apenas empatou em 1 a 1 com a Namíbia. Os torcedores coloriram o estádio, cantaram, sopraram as vuvuzelas e se divertiram muito antes do jogo e no intervalo. O problema, de novo, foi o durante.

Bem ao estilo do técnico Carlos Alberto Parreira, a África do Sul valorizava a posse de bola, mas na hora de soltá-la simplesmente não sabia o que fazer. Havia até bastante espaço, principalmente pelo lado direito do ataque, mas todos os cruzamentos que saiam por ali acabavam facilmente interceptados pelo goleiro da Namíbia.

Os poucos chutes ao gol foram de fora da área, fraquinhos como o futebol sul-africano. O que falta aos anfitriões da Copa é, antes de tudo, talento para jogar bola. Dos que estavam em campo, o meia Teko Modise é considerado o mais habilidoso. Parreira, então, lhe deu a camisa 10 (normalmente ele joga com a 12), a faixa de capitão e total liberdade em campo. Nada aconteceu. Foram muitos toquinhos para o lado, pé sobre a bola, mas objetividade nula.

Torcedoras sul-africanas pintam o rosto: ao fim do jogo, havia poucos motivos para sorrir A Namíbia, 109ª no ranking da Fifa, é que chegou com perigo por duas vezes. Não por méritos, mas por falhas grosseiras da defesa sul-africana. O atacante Bester desperdiçou as duas oportunidades, mas na terceira, aos 41 minutos, abriu o placar. Depois de grande jogada de Tjikuzu pela direita, ele recebeu com liberdade, na entrada da pequena área, e bateu no canto direito, sem chances para o goleiro Khune. Namíbia 1 a 0.

Os Bafana Bafana voltaram com duas alterações para o segundo tempo e Parreira ainda fez mais três até os 15 minutos. Mas a África do Sul continuava apresentando um futebol sem brilho e com muitos erros. Mesmo assim, aos 28 minutos, Mphela conseguiu empatar. O gol foi bem parecido com o da Namíbia. Jogada pela direita, ele recebeu na marca do pênalti e com facilidade tocou no canto direito. 1 a 1.

Depois disso, o o único lance digno de nota foi mais um chute de fora da área, desta vez de Letsholonyane, que arrancou suspiros da torcida mas não assustou muito o goleiro. A África do Sul jogou sem seus principais nomes, que atuam no exterior, por opção de Parreira. Mesmo assim, o empate em casa com a Namíbia mostrou toda a pobreza do elenco.

O tempo está passando e não é muito amigo dos anfitriões da Copa. A partir desta quinta-feira, Parreira terá exatos 99 dias até a estreia, contra o México. Aparentemente, pouco tempo para transformar a África do Sul em um time capaz de sobreviver a um grupo com França, México e Uruguai.

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