Entrevista com Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Agência Nacional Antidoping (Anad) da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), presidirá o inquérito administrativo sobre os seis casos positivos recentes na modalidade
A nova forma de controle, com os testes fora das competições, facilitou a detecção das amostras positivas. Pode-se esperar a descoberta de muitos novos casos, ou foi um fato isolado?
Sempre temos de estar preparados para as surpresas. Isso que aconteceu serve para mostrar que a CBAt está atenta e vai buscar, doa a quem doer, os eventuais fraudadores do esporte, são poucos, mas infelizmente existem.
Os testes surpresas serão ampliados?
O procedimento sempre foi feito, mas em menor número (saltou de 4 em 2008 para 61 até agora em 2009). Desde que adotamos o whereabout (declaração obrigatória de paradeiro) ficou facilitada a abordagem surpresa. Esta foi a primeira grande detecção. Podem acontecer outras.
O fato de o técnico Jayme Netto ter assumido publicamente a responsabilidade pelo doping, aplicando a substância eritropoietina (EPO) sem o conhecimento dos atletas, pode amenizar a punição aos competidores?
Pode evitar que a situação se agrave. Mas tem de ser apurado direitinho. Não se pode tomar uma decisão precipitada. Vamos investigar ainda.
Qual o impacto de um escândalo como esse na modalidade?
O impacto é negativo, mas espero que o resultado seja positivo.
É possível refletir em outras modalidades?
Isso é o principal. Vemos que é principalmente a CBAt que faz esse tipo de exame fora de competições e outros esportes nem tanto. Espero que motive um controle maior.
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