Agora empresário, Pensador esboça parceria com o Tricolor

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Pode vir do mundo da música um novo parceiro para o Paraná. Na quarta-feira à tarde, o rapper Ga­­briel, o Pensador esteve na Vila Ca­­panema. Bateu papo com os atletas, com o técnico Roberto Cavalo e o diretor de futebol Paulo Welter, e fez questão de deixar bem claro: "Estou à disposição".

E aí não se trata do agendamento de algum show para o Durival Britto, nem do clube como tema de uma nova composição do artista – que também tem se dedicado à literatura. Neste ano, Gabriel enveredou pela carreira de empresário de jogadores e vê no Paraná um possível companheiro em sua nova empreitada.

"Tive uma ótima impressão do clube e pode sim surgir uma parceria. Assim como do Atlético, que já havia visitado anteriormente. Falta agora o Coritiba, do meu amigo Ney Franco", comentou O Pensador.

Antes de ir embora, ele deixou um DVD de um atleta nas mãos de Welter. "Prefiro nem falar quem é, pois é mais uma divulgação apenas". Mesmo ainda iniciando a busca por bons investimentos, Gabriel já tem as portas abertas nas categorias de base do Internacional e do Cruzeiro.

Bons contatos para quem co­­nheceu o ramo por acaso. Em uma viagem a Portugal, o autor de Lôraburra e Retrato de um Playboy foi apresentado aos negócios da bola pelo amigo e empresário Jor­­ge Machado. Gostou do que ouviu e decidiu ampliar a sua relação com o esporte, até então restrita ao fanatismo pelo Flamengo.

O diretor de futebol paranista aprovou o contato."O Gabriel está começando e veio nos conhecer. Tivemos uma boa conversa, aberta, ele mostrou que entende do assunto e está disposto a ajudar no que for necessário", disse Welter.

O encontro foi intermediado por Luiz Alberto de Oliveira, dono da L.A. Sports. "O Gabriel é um cara muito bacana, honesto. Quem sabe pode ser um futuro parceiro", comenta o empresário.

Seria a segunda incursão do cantor/rimador pelo futebol paranaense. Antes de desembarcar em Curitiba, Gabriel aproximou-se do Londrina. Conheceu o presidente do Tubarão, Peter Silva, em uma pas­­sagem do dirigente pelo Rio de Janeiro, e topou emprestar a ele R$ 40 mil para "apagar alguns incêndios".

O problema é que, ao contrário do que afirmou Silva na ocasião, não era exatamente uma "camaradagem". Descobriu-se depois que, na verdade, o artista comprou com esse dinheiro 30% do atacante Jay­­me, uma das revelações do Alvice­­les­­te. Negociação feita pelo clube sem o consentimento do atleta, à época menor de idade. E que acabou indo parar na Justiça do Tra­­balho, por causa de uma reclamação da jovem promessa contra o Londrina.