Léo Maringá como capitão do Maringá, ano passado, e em ação na estreia do Londrina no Paranaense-2015, contra o Foz do Iguaçu: hora de reencontrar o time da cidade nata| Foto: Felipe Rosa/ Tribuna do Paraná e Rubem Valente/ JL

Wagner Valente, goleiro campeão paranaense pelo Maringá em 1977, se indignou com uma mensagem publicada recentemente por um torcedor do Londrina em seu Facebook. O texto sugere que seu filho, o volante Léo Maringá, contratado pelo LEC nesta temporada, troque de apelido.

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"Léo Tubarão, não. Sou contra. Não tem nada a ver mudar o nome. Já faz parte dele", defende o pai.

Leonardo Augusto Drugowich Valente carrega a alcunha Maringá desde o início da carreira profissional, em 2001. Mas neste domingo (8), pela primeira vez, terá de deixar de lado a estreita relação com a cidade onde nasceu. Capitão do vice-campeão estadual no ano passado, ele vai reencontrar o ex-clube – agora vestindo a camisa do Londrina, atual campeão. O jogo começa às 17 horas, no Estádio Willie Davids.

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"Quando chegar ao estádio e entrar para o aquecimento, não vai ter como não lembrar de algo [da final de 2014]", admite Maringá. "Mas depois o foco é tentar fazer um bom jogo, um bom clássico. As memórias ficam na história. Belisquei o título no ano passado. Agora quero levar o Londrina ao bicampeonato", completa o veterano de 35 anos.

Reencontrar a torcida do Maringá trará emoções difusas para o volante. Apesar de a experiência ajudar a enfrentar um momento como este, a preparação nunca é completa, garante o pai. "Ele é muito profissional, mas acho que vai tremer na base quando chegar a hora", brinca.

"Tenho recebido várias manifestações de pessoas apoiando minha decisão, que foi pensando no meu crescimento profissional. Sei que vai haver muitos xingamentos e até falta de respeito, mas isso iria acontecer em algum momento", minimiza Léo Maringá, que terá o apoio de familiares e amigos no estádio. Todos , é claro, "camuflados" na arquibancada.

Apesar do carinho, ele não espera uma grande recepção dos ex-companheiros."O Claudemir [Sturion, técnico] sempre brincou que era para vir preparado para os xingamentos. A amizade fica fora de campo. Vou procurar fazer o meu", fecha.