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A desmotivação tomou conta do Atlético. Quatro dias depois da eliminação na semifinal da Sul-Americana, o time voltou a campo para enfrentar o Figueirense, na Vila Capanema de portões fechados, mas não correu, não marcou, não jogou... Fatal para um time limitado, que acabou tomando outra vez 4 a 1, mesmo placar da derrota para o Pachuca.

O Rubro-Negro conseguiu ser ainda pior do que no México. Sorte dos jogadores que a partida sem torcida os livrou de vaias e cobranças. Sorte dos torcedores terem sido poupados de ver o time se arrastando no gramado.

Uma boa prova de que briga para entrar na Copa Sul-Americana não motiva ninguém. O Juventude, outro envolvido na disputa pela última vaga, também decepcionou ao não passar de um empate em casa com o rebaixado Fortaleza e perder a chance de ultrapassar o Atlético.

Mesmo não tendo funcionado nos últimos dias, jogadores e o técnico Vadão mantém para a partida de despedida da temporada o discurso de que a equipe precisa brigar pelo direito de voltar ao torneio internacional. Para isso, basta conseguir contra a Ponte Preta, em Campinas, um placar pelo menos igual ao do concorrente gaúcho diante do Corinthians, também fora de casa.

Mesmo encontrando a Macaca em frangalhos, após ver seu rebaixamento confirmado na rodada do fim de semana, será difícil para o Rubro-Negro acabar com o jejum de vitórias se o time não assumir na prática o discurso. Desde que fez 6 a 4 no Vasco, há 26 dias, o melhor resultado foi o empate na festa do título do São Paulo. No mais, seis derrotas.

Se deparar com um adversário desinteressado era mais do que podia querer o carrasco Figueirense, que nunca perdeu para o Atlético em 12 jogos na história do Brasileiro (6 vitórias e 6 empates). Ainda com chances de se classificar para a Libertadores no início da rodada, os catarinenses partiram para cima na base do toque de bola, fizeram quatro gols (Fernandes, Chicão, Schwenck e Tucho) e poderiam ter conseguido pelo menos o dobro.

O Rubro-Negro finalizou quatro míseras vezes, todas com Dênis Marques: duas de fora da área nas mãos do goleiro Andrey, um gol impedido e o de honra atleticano.

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