O paranaense Rafinha , 24 anos, tenta desconversar sobre o assunto, mas sabe que está perto de entrar para a história da Bundesliga, a Primeira Divisão do futebol alemão. Sua equipe, o Schalke 04, não vence a competição desde 1958, mas lidera o atual campeonato com dois pontos de vantagem sobre o maior vencedor da competição, o Bayern de Munique, que tem 21 conquistas.
Faltando apenas 540 minutos seis jogos para o fim da temporada, o duelo do próximo sábado (3), em casa, justamente contra o vice-líder Bayern, será crucial para o plano de acabar com os mais de cinquenta anos de "maldição". Mesmo assim, o ex-lateral do Coritiba garante que ainda é cedo para pensar em levantar a taça.
"Vai ser muito difícil, mas é um jogo-chave para nós. Ainda temos seis rodadas pela frente e não dá para pensar em uma coisa mais séria agora. No Alemão, tudo pode acontecer. Falar em título, só mais próximo do final", disse Rafinha, por telefone, à Gazeta do Povo.
A cautela do londrinense não se resume a uma estratégia para que a complacência tome conta do elenco. Há cinco anos vestindo a camisa 18 dos Azuis Reais, Rafinha ficou chegou perto por duas vezes, em 2005 e depois em 2007. No último vice-campeonato, inclusive, o clube liderou a Bundesliga até perto do fim, quando foi ultrapassado pelo Stuttgart. Desta vez, a campanha se mostra diferente.
"Estamos crescendo na hora certa. Sem dúvida, vencer o campeonato vai ser muito importante para todos aqui. Mas estamos tranquilos, sabemos que está cedo para pensar nisso. Temos é que continuar a jogar como estamos jogando. Encarando todos os duelos como uma decisão, sem diminuir a pegada", explicou.
Para que o ritmo do time de Gelsenkirchen não caia, Rafinha tem sido peça importantíssima. Dos 28 jogos disputados até aqui, Rafinha só não entrou em campo três vezes. Balançou a rede apenas em uma oportunidade, mas deu cinco assistências para seus companheiros. Além disso, não se limita à lateral-direita.
"No último jogo, atuei pela lateral-esquerda. Mas também joguei no meio e até de meia-atacante no começo do campeonato. O treinador vem optando por isso e eu sempre procuro ajudar", contou.
A experiência do técnico Felix Magath, campeão nacional pelo Wolfsburg na última temporada, também se mostra como um dos fatores da boa campanha do Schalke. Nos últimos cinco jogos, por exemplo, foram quatro vitórias e um empate. A série invicta perto da decisão do campeonato ganhou mais consistência na última rodada, quando o time bateu o terceiro colocado Bayer Leverkusen, até então invicto em casa.
"O treinador colocou em prática o sistema dele, que já provou ser muito eficiente, em outros clubes. O currículo dele mostra isso. Mas, além disso, é preciso enaltecer o grupo de jogadores, que é muito bom", avaliou.
Com ou sem título, no entanto, a vontade do paranaense é de deixar o clube ao fim desta Bundesliga. Apesar de ter contrato até a metade de 2011 e estar totalmente adaptado à vida na Alemanha, Rafinha confirma o momento é ideal para uma mudança de ares.
"Sou feliz aqui, mas chegou um momento, até para a minha carreira, em que seria melhor sair. Melhor se for para fechar com chave de ouro, conquistando o título", disse. "É uma situação delicada, porque se não me venderem logo, posso assinar um pré-contrato e sair de graça depois. Mas espero que tudo se encaminhe para o melhor para os dois lados", emendou o lateral, que não escondeu a saudades do Coritba e garantiu que voltará a vestir a camisa alviverde.
"Não quero demorar muito para voltar. Quero poder ajudar o clube ainda, não só retornar para encerrar a carreira".
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