Aquele gol do Palmeiras foi a ducha de água fria. Minutos antes o Coritiba havia festejado o gol que permitia um sonho a mais de tentar reverter uma vantagem que dava ao Palmeiras o favoritismo para a conquista do título. A perfeita cobrança de falta de Ayrton ofereceu sintomas de mudanças no rumo da final da Copa do Brasil.

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Mas durou pouco, pois também de bola parada saiu o gol do título dos palmeirenses. E, se valer a ironia, justamente por Betinho, que por aqui passou sem ter deixado saudades. Questiona-se a origem da falta, não pareceu ter ocorrido. Mas, irreversível, entra como um elemento a mais no rol de queixas dos coxas contra a arbitragem nos momentos decisivos da disputa pelo título.

Tudo foi decidido no primeiro jogo, o de ontem foi apenas complemento, pois seria muito difícil ao Coritiba reverter aquela vantagem obtida pelos paulistas. Mesmo tendo mais time, mesmo sendo mais forte. A diferença foi não saber transformar em gols o domínio de bola nas duas partidas do confronto decisivo.

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Mas não é de abaixar a cabeça. Lamenta-se, claro, pois as chances deste ano pareciam maiores que as do ano passado, contra o Vasco. Mas o importante – se é que serve de consolo – foi ter chegado mais uma vez, mantendo um grupo de trabalho de bom nível técnico e com boas perspectivas do que ainda está a vir pela frente.

A Copa do Brasil ainda não foi desta vez. Mas está chegando, aos poucos está chegando.

Soluções

Dá-se um jeito. Foi a impressão que ficou do Atlético nesses últimos dois jogos, quando o técnico Jorginho começou a apresentar seu toque pessoal na formação do time e na distribuição das jogadas. Começou com alguns consertos depois do desastre que foi o primeiro tempo da partida contra o América-MG e continuou na noite de terça-feira, em Paranaguá, com a sofrida vitória sobre o Ipatinga.

Sofrida pela absurda incompetência desse time em fazer gols. A defesa até que se vira e ainda poderá ser mais sólida com a estreia dos dois novos laterais. O meio de campo está sobrecarregado porque Paulo Baier tem de fazer função de atacante, mas há mão de obra para movimentar o setor. Harrison, especialmente, mas paira sobre ele um grande mistério de não ser escalado e às vezes nem sequer compor o banco, mesmo sendo o mais talentoso de todos. Veio alguém dizer ser birra da diretoria, que não teria interesse em projetá-lo. Não acredito, mas não consigo contra-argumentar. Problema mesmo é lá na frente, pois nenhum dos avantes escalados conseguiu oferecer resultado convincente.

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O resultado de terça, em jogo atrasado, devolveu o Atlético para o meio do bloco dos classificados. Vencendo a próxima, também em casa e contra um adversário na beira da zona de rebaixamento, já poderá respirar melhor.