Venceu quem mais procurou o gol. Nos dois jogos. O Flamengo encarou a partida de Curitiba como jogo decisivo, tal qual deveria ser. Foi à Vila Capanema disposto a fazer gol. Tanto que não se intimidou com aquele gol do Marcelo e logo em seguida tratou de empatar a partida, fechando o placar em 1x1, resultado interessante em competição cujo regulamento premia o gol marcado fora de casa.
Ontem, no Maracanã, esperava-se que o Atlético desempenhasse papel semelhante. Mas o que se viu foi o Flamengo dominando e atacando, exigindo empenho total da defesa atleticana e do goleiro Weverton. E a cada bola aliviada o descarte era feito sem critério, proporcionando a retomada de bola e nova jogada de pressão de quem era empurrado por mais de 50 mil torcedores no estádio.
O Flamengo conseguiu anular a saída de bola atleticana, que sentiu muito a falta de Everton, suspenso. Tanto que a bola não chegou em momento algum a Marcelo e Éderson, quase espectadores no primeiro tempo da partida. Como Paulo Baier também não vivia seus melhores momentos, nem na bola longa nem na bola parada, o Atlético simplesmente parou no meio de campo e permitiu que o adversário realimentasse cada jogada endereçada a seu campo intermediário.
Quando o Flamengo fez o primeiro gol, o Atlético tentou se abrir, naquela do "perdido por um, perdido por dez". Não deu certo, claro, pois o êxito no futebol é resultado de treino, não do improviso que fez do zagueiro Manoel um atacante fixo, a tentar aproveitar as bolas pelo alto. Tanto que a brecha se abriu e veio o segundo gol, fulminando qualquer esperança que ainda resistisse. O futebol paranaense ficou mais uma vez no quase, na terceira final consecutiva. Bom por estar numa terceira decisão, concentrando a atenção nacional no que é feito por aqui. Mas não é suficiente, claro. Ainda falta aquele passo a mais para chegar ao primeiro nível do futebol brasileiro. Consolo para o Atlético é que a Libertadores ainda pode chegar por outro caminho.
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