Ainda sem norte-americano, Londrina reestreia seu caldeirão

Londrina - O técnico Enio Vecchi e os jogadores do Londrina esperam resgatar a partir de hoje, contra o São José-SP, resgatar a tradição que a cidade conquistou na última década de ginásio lotado e muita competitividade na principal competição de basquete do país. O time estreia em casa no Novo Basquete Brasil (NBB) após ter perdido por 108 a 76 para o Joinville na primeira rodada, dia 1.º, em Joinville. O jogo no Moringão começa às 11 horas.

Vecchi e os jogadores prometem uma história diferente em quadra hoje, mostrando mais qualidade técnica para impedir que o São José chegue à terceira vitória. Para encarar um adversário com jogadores decisivos como os armadores Fulvio e Matheus, o ala Renato e o pivô Paulão, Vecchi lamenta não poder contar com o armador norte-americano Leonard Mosley, ainda sem visto de trabalho para jogar no Brasil.

A documentação de Mosley – contratado em outubro vindo do time californiano de Santa Bárbara – ficou pronta somente na noite de quinta-feira e o jogador ainda precisaria ir até Ciudad del Este, no Paraguai, assinar o visto de trabalho, o que deve fazer amanhã. Assim, ele ficaria à disposição do treinador para o terceiro jogo, diante do Fla­­mengo, dia 20, também no Moringão.

"Gostaria de contar com o Mos­­ley, que encaixou bem no nosso estilo de jogo e fará falta, pois os demais iriam produzir mais também. Sem ele, o armador será o Zezinho", disse o treinador.

Além de Mosley, ele perdeu por lesão o pivô João Paulo. Não bastassem os problemas no elenco, Enio Vecchi ainda teve de administrar o atraso de mais de três meses no pagamento de salários, que somente na última semana é que começou a ser feito.

"Uma das maneiras de superar as dificuldades é o time jogar acima do limite, fazer um jogo consciente e equilibrado. Deve­­mos contratar outros reforços, mas agora precisamos usar o que temos", pregou Vecchi.

Atraso de salário

Os salários do elenco e parte da comissão técnica do Londrina demoraram quase três meses para serem pagos e a diretoria alega que a demora aconteceu porque houve uma mudança no planejamento para a temporada. Com isso, a Procuradoria Geral do Município precisou aprovar as alterações para permitir o repasse do dinheiro pleiteado no Fundo Especial de Incentivo aos Projetos Esportivos (Feipe), que prevê pagamento de R$ 100 mil para o basquete de alto rendimento. Na sexta-feira, segundo o diretor Luiz Arns, foi retirada a primeira parcela e pago o primeiro salário. Nesta semana devem ser prestadas contas para retirada da segunda parcela.