Enrico toca na saída de Eduardo Martini para abrir o placar ontem em Campinas. Coxa sofreria o empate duas vezes, mas resultado não foi ruim| Foto: Alexandre Carvalho / Fotoarena-Ag.O Globo

Campinas

Ponte Preta 2 x 2 Coritiba

Ponte Preta

Eduardo Martini; Héverton Silva (Moacir), Léo Oliveira (Daniel Lovinho), Naldo e Bruno Collaço; Guilherme, Josimar, Souza e Ivo; William (Pablo Escobar) e Reis.

Técnico: Jorginho

Coritiba

Édson Bastos; Cleiton, Jéci e Lucas Mendes; Fabinho Capixaba (Marcos Aurélio), Leandro Donizete (Andrade), Léo Gago, Rafinha e Triguinho; Enrico e Leonardo (Bill).

Técnico: Ney Franco

Estádio: Moisés Lucarelli. Árbitro: Suelson Diógenes de França Medeiros (RN). Gols: Enrico (C) aos 39/1°; Pablo Escobar (P) aos 18/2°; Léo Gago (C) aos 24/2° e Daniel Lovinho (P) aos 47/2°. Amarelos: William, Léo Oliveira, Souza, Guilherme e Moacir (P); Lucas Mendes, Rafinha, Léo Gago, Leandro Donizete e Fabinho Capixaba (C). Público pagante: 4.142 pagantes. Renda: R$ 29.672,00.

CARREGANDO :)

O jogo

Eletrizante do começo ao fim. Em menos de 15 minutos, o Coxa já tinha perdido dois gols feitos e levado duas bolas na trave. Saiu na frente com Enrico e cedeu o empate já no segundo tempo – ainda mais cheio de alternativas. Voltou a ficar na frente em uma jogada inteligente (e polêmica) de Marcos Aurélio, concluída por Léo Gago. Mas cedeu o empate no finzinho, justo pela dedicação do adversário.

Foi um grande jogo, em uma rodada positiva, que só não trouxe alegria completa para o Coritiba porque no último minuto a determinação da Ponte Preta resultou no empate por 2 a 2, ontem, em Campinas. Ainda assim, pela situação na tabela, um resultado a se comemorar.

Publicidade

Se ficou a sensação de perda de dois pontos certos, ficou também a certeza de que um adversário direto (quinto colocado, 41 pontos) não conseguiu diminuir a distância para o líder Coxa (47). De quebra, o então vice-líder Bahia e então o terceiro colocado América-MG perderam em casa. Dos adversários diretos, apenas o Figueirense venceu, subindo da quarta para a segunda posição, com dois pontos a menos.

"Pelo histórico do jogo, tomamos o gol no final, você vai para o vestiário... [pausa] O resultado aqui é bom, mas o vestiário é mais triste", conformava-se o técnico Ney Franco. Mesmo assim, a crítica era só em tom de lamento: "A equipe jogou muito bem", defendeu.

O jogo realmente foi bom, cheio de alternativas. A Ponte exerceu o domínio natural de quem joga em casa, mas não encontrou um adversário acanhado. Pelo contrário: nos contra-ataques, o Coxa era perigoso e saiu na frente, com Enrico. "Aqui é jogo difícil, de time que está brigando pelo acesso. Agora eles vão se atirar para cima", previa o zagueiro Cleiton no intervalo.

Ele acertou. Entre reclamações quanto à arbitragem, o Coxa ce­­deu o empate (gol de Pablo Es­­cobar) e voltou a ficar na frente, em um lance de inteligência, mas polêmico, de Marcos Aurélio. "As duas equipes reclamaram muito", resumiu Franco. No lance, o atacante estava impedido. Mas enganou a marcação, que, distraída, não viu uma locomotiva chamada Léo Gago gritar: "Sai, sai, sai!" antes de dividir e tocar para a rede.

O mesmo Marcos Aurélio quase fez o terceiro de falta, mas parou em boa defesa de Eduardo Martini. Depois do lance, o goleiro berrou com o time da Macaca: "Vamos acreditar até o fim, p...!" Aconteceu então o gol de Da­­niel Lovinho que impediu a terceira derrota seguida em casa da Ponte.

Publicidade

Uma ducha de água fria, o em­­pate não foi desprezado por todos os jogadores. Marcos Auré­­lio ainda lamentava. "Não podia to­­mar esse gol. É um empate com sabor de derrota." Enquanto o go­­leiro Édson Bastos, mais atento à sequência da competição, analisava: "Está de bom tamanho. O importante é que seguramos a Ponte."

No sábado, o Coxa recebe o Santo André. Mas o time terá vários desfalques. O meia Rafinha, o zagueiro Jéci e o lateral-direito Fabinho Capixaba não atuarão, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. O zagueiro Pereira já está fora, por lesão, e o meia Tcheco é dúvida. "Vamos pensar nisso ainda", desviava o treinador, notadamente chateado com o gol sofrido no finzinho da partida.