Colônia Orgulhoso da organização da Copa do Mundo no seu país, o alemão Peter Breuer demonstra certa preocupação com a demora na preparação brasileira para receber os Jogos Pan-Americanos de 2007.
Ele trabalha na BSW Regupol, responsável pela pista de atletismo a ser usada durante o evento do Rio de Janeiro.
A empresa alemã é a mesma que construiu a pista no Estádio Olímpico de Berlim, onde a seleção brasileira fez sua estréia e espera voltar dia 9 de julho, na final do Mundial.
Ao custo de 1 milhão de euros (perto de R$ 3 milhões), a única diferença entre o piso alemão e o brasileiro será a cor. Na Alemanha, eles optaram pelo pouco usual azul. No Pan, os atletas buscarão suas medalhas no tradicional vermelho.
À exceção do estádio de Kaiserslauter, cuja reconstrução terminou esse ano, os outros 11 locais de jogos ficaram prontos com tranqüila antecedência na Alemanha. Muito diferente do Brasil. "Há um atraso considerável", comentou o alemão. "A organização enfrenta muitos problemas, como a falta de dinheiro", acrescentou o sócio da Recoma.
A empresa é uma das três consorciadas, ao lado da Delta e da Racional, responsáveis pela construção do estádio de atletismo dos Jogos de 2007.
De acordo com o brasileiro Sérgio Schildt, do escritório da Recoma em São Paulo, o cronograma está um ano atrasado. "E somos os mais adiantados, assim como a Vila Olímpica", defende Schildt. "Além da falta de dinheiro, o projeto sofreu com a disputa política entre prefeitura e governo sobre os terrenos. Fora isso, uma adutora que passava pelo local também provocou a demora nas obras", explicou.
O custo total está orçado em R$ 240 milhões. Com capacidade para 45 mil pessoas, o Havelanjão pode ser ampliado e chegar a 60 mil lugares.
"Segue todas as normas da Fifa e pode ser uma opção para a Copa", comentou Schildt. O país pleiteia a realização do Mundial de 2014.
A entrega da obra está prevista para março. O Pan começa em julho.
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