Vadão quer 60% de aproveitamento
O Atlético jogou até agora na filosofia "de grão em grão". Mas o jogo contra o Goiás inaugura uma nova e mais extensa programação no Furacão. Uma seqüência de cinco rodadas nas quais o time buscará no mínimo 60% de aproveitamento. Hoje a contabilidade registra 58,3%. A mudança de estratégia levou em conta o território. Dos cinco duelos Goiás (c), Fluminense (c), Palmeiras (f), Paraná (f) e Náutico (c) , apenas um será fora da capital.
"Serão três partidas em casa e um clássico fora, mas em Curitiba. Jogar na Arena ou na Vila (Capanema) não tem muita diferença", analisa o técnico Oswaldo Alvarez.
A matemática atleticana é simples, três vitórias em casa garantiriam os nove pontos, que traduzidos em aproveitamento chegam aos cobiçados 60%. Esse é o rendimento mínimo almejado pelo Rubro-Negro no Nacional.
"Com esse número, estamos garantidos na Libertadores e com chances de brigar lá na frente", programa o treinador.
À exceção do Cruzeiro, campeão em 2003 com 72%, as outras taças foram levadas com desempenhos mais modestos. O Santos levou o Nacional de 2002 com 64,4%, o Corinthians (2005) chegou a 64,2% e o São Paulo (2006) subiu o rendimento para 68,4%.
Goiás remonta time em meio a crise e dívida
Em meio a um inferno astral, o Goiás visita o Atlético precisando se afastar da zona de rebaixamento. "A reação é vital para manter as nossas esperanças", disse o treinador Paulo Bonamigo. Durante a semana, a diretoria revelou que o time está afundado numa dívida de R$ 16 milhões. Demitiu seis jogadores, entre eles o meia Romerito e o angolano Johnson. Contra o Atlético, Paulo Baier volta à lateral direita e Paulo Henrique substituirá o zagueiro Leonardo.
A quinta rodada do Atlético no Campeonato Brasileiro bem poderia ser a primeira. O jogo desta tarde contra o Goiás tem certo ar de recomeço ao Furacão. O participante de pretensões modestas da estréia entra em campo às 16 horas com novas ambições.
A cartada da diretoria atleticana ao manter Alex Mineiro no elenco até o fim do ano virou o jogo a favor do Furacão. Não foi apenas a permanência do maior craque, do goleador. A investida pelo atacante acabou com o sonho de concorrentes de peso como Palmeiras, Santos e Fluminense. O Atlético não deu munição aos inimigos e saiu da mesa de negociações com mais status após livrar-se de uma derrota iminente.
As propostas vindas do eixo Rio-São Paulo levarvam o técnico Oswaldo Alvarez a imaginar o nebuloso futuro sem o craque.
"Os valores eram muito altos e achei mesmo que seria difícil segurará-lo. Foi uma jogada de mestre da diretoria. Mas o Alex não foi convencido a ficar, ele quis permanecer e colaborou para isso acontecer. Diferentemente do Marcos Aurélio, que não queria jogar no Atlético (transferiu-se para o Santos) e foi embora", comparou Vadão.
O triunfo nos bastidores despertou uma meta até então velada, ou melhor, nem ventilada na Baixada. "Ele (presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia) falou da possibilidade de trazer dois ou três atletas, dentro das condições do clube, para compor o elenco e brigar pelo título. Sei que é cedo para falar em conquista, porque o campeonato está começando. Mas é um objetivo", afirmou Alex Mineiro, que volta a jogar em casa.
Se contra o Santos, há duas rodadas, o clima na Arena era de suspense por sua possível saída, hoje é de recompensa ao público. "O Alex é essencial para o nosso time. A sua permanência foi um presente para nós e acredito que para os torcedores também", comentou o goleiro Guilherme, única alteração na equipe em relação ao empate com o Atlético-MG, na última rodada.
Alex sabe o quanto as arquibancadas estarão cheias de gratidão. O carinho dos torcedores sensibilizou o atacante. Até os e-mails recebidos pelo clube contra a sua saída foram revelados na negociação de quatro horas na terça-feira. "A mobilização da torcida e o esforço da diretoria não têm preço. O torcedor sempre apóia e domingo não será diferente."
Uma enquete no site oficial atleticano sugere outra contra-partida por Alex além dos aplausos: o aumento das adesões ao plano de Sócio Furacão. "Não entendo dessa questão de sócios. Mas o que o torcedor puder fazer para ajudar é importante para o clube crescer", defende o ídolo prestes a reinaugurar a sua história no Atlético. De herói do título de 2001, o artilheiro da temporada com 25 gols agora virou semideus ao trocar dinheiro por paixão.
Na TV: Atlético x Goiás, às 16 horas, no Premiere F.C.
Em Curitiba
Atlético x Goiás
Guilherme; Danilo, Nei, João Leonardo; Jancarlos, Erandir, Alan Bahia, Evandro e Edno; Dênis Marques e Alex Mineiro.Técnico: Oswaldo Alvarez.
Harley. Amaral, Paulo Henrique, Ernando (ou André Leone); Fábio, Cléber Gaúcho, Élson, Paulo Baier e Diego; Wellington e Fabrício Carvalho.Técnico: Paulo Bonamigo.
Estádio: Kyocera Arena. Horário: 16 horas. Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (Fifa-PE). Auxs.: Erich Bandeira (Fifa-PE) e Alcides Augusto de Lira Júnior (PE).
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Eleição para juízes na Bolívia deve manter Justiça nas mãos da esquerda, avalia especialista
Deixe sua opinião