Boa impressão na reta final
O desempenho do time na reta final do Brasileirão não tem agradado à torcida. Sem vencer há três jogos, o time tenta retomar o caminho das vitórias contra o Santos, sábado (22), a partir das 18h30. Para Ricardinho, o time não pode esmorecer. "Até porque não podemos jogar no lixo o bom campeonato que fizemos até aqui. Perdemos, mas vamos dar a volta por cima. Estamos com a vaga quase garantida na Sul-Americana e vamos brigar até o fim para terminamos o campeonato bem".
Segundo o lateral, empenho não vai faltar. "Claro que não. Para os jogadores que vão ficar, é uma boa chance de ganhar pontos com a diretoria e a comissão técnica. Para os que vão embora, é a oportunidade de mostrar um bom trabalho para quem quiser contratá-los. A maioria só vê os últimos jogos, infelizmente, e esquece de tudo que fizemos. Por isso, essa é a hora de mostrar serviço". (ELK)
A renovação de contrato do lateral-esquerdo Ricardinho com o Coritiba está temporariamente paralisada. Um dos seus procuradores, Daniel de Paiva (que negocia os 50% dos direitos, que pertencem ao clube, mas que o jogador irá ganhar ao final do contrato), está fora do país. Nem por isso o caso saiu da pauta nos bastidores. O clube quer a permanência do jogador e tem negociado diretamente com Paiva, mas o advogado Cúnico Bach, o outro procurador de Ricardinho e dono de 50% dos direitos federativos do jogador, diz que ainda não recebeu nenhuma proposta oficial pela sua parte.
Como ambos, Bach e Paiva, estão autorizados a representar o jogador, a confusão se instalou. "Os dois me representam, mas sempre estamos conversando sobre qualquer nova proposta ou sobre o interesse de outros clubes", afirmou Ricardinho, por telefone, à Gazeta do Povo Online.
O gerente de futebol do clube, Paulo Jamelli, afirma que a negociação está em andamento. "A questão, no momento, é financeira. Recebemos uma proposta e fizemos uma contraproposta. Estamos esperando a posição deles sobre o assunto". Para ele, o jogador foi valorizado. "A valorização que estamos dando para ele é excelente. O Ricardinho só não fica no Coritiba se não quiser".
Para Daniel de Paiva, o clube terá que adquirir uma porcentagem do atleta se quiser que Ricardinho permaneça. "No final do ano o jogador passa a ter 50% dos seus direitos federativos. Não é questão de luvas e nem salários, o clube precisa adquirir pelo menos alguma porcentagem dos direitos do Ricardinho", garantiu à GPol.
Cúnico Bach se mostrou insatisfeito por ter ficado de fora da negociação. Até agora, ele garante que não recebeu nenhuma proposta oficial do clube e fala em falta de interesse. "O Coritiba não nos procurou e não nos fez nenhuma proposta oficial. Sabem que sou procurador e acho que deveriam ter me procurado. Eles deveriam ter a consideração de me ligar pelo menos. Dá impressão de que o time não quer aceitar a valorização do trabalho do jogador".
Apesar de as negociações estarem paralisadas, Jamelli revela seu desejo em contar com Ricardinho na próxima temporada. "Temos interesse sim. O Ricardinho, quando eu cheguei aqui, estava em uma lista de dispensa. Aos poucos foi conquistando seu espaço e fez por merecer a posição de titular. Hoje ele é bola de prata (premiação da revista Placar para os melhores do campeonato) e é um dos melhores do país. Ganhou a confiança e o respeito da torcida, mostrando que é um grande jogador".
Se não ficar no Coritiba, o jogador deve ir para um clube da Europa. "Enquanto Coxa não vem atrás, nós recebemos duas propostas. Uma da França e outra da Polônia, de clubes da primeira divisão", garante Bach.
Ricardinho garante: "Quero ficar"
O jogador, maior interessado no desfecho das negociações, afirma que quer permanecer no Coritiba (seu contrato vence no final deste ano). "Minha vontade é ficar. Sou daqui e o Coxa é o clube para o qual sempre torci e tenho um carinho muito grande. Eu estou praticamente em casa. Conheço todos os funcionários que trabalham aqui e tenho uma identidade muito grande com a torcida", revelou.
Esse, aliás, é o grande trunfo de Ricardinho para permanecer no Coritiba. No clube desde as categorias de base, o jogador hoje com 24 anos acredita que estar no time todo esse tempo conta pontos a seu favor. "Hoje em dia é difícil um jogador com uma identidade dessas. Os caras ficam um ano, dois no máximo, e se mandam. Eu acho legal e quero ficar aqui muito tempo ainda".
Depois de um início de temporada com baixo rendimento, o jogador recuperou seu espaço e passou de alvo de vaias a ídolo do torcedor. É, hoje, um dos mais elogiados jogadores do elenco alviverde.
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