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Perseguido pela torcida rubro-negra, há cinco rodadas impossibilitada de comemorar uma vitória graças ao péssimo momento da equipe, o Atlético encontra hoje um palco propício para tentar a reabilitação.

Sem pressão externa, o clube encara o Santos, em Mogi Mirim. O jogo de portões fechados será no interior paulista devido à punição de perda de mando ao time praiano e vem em boa hora ao elenco atleticano.

A derrota em casa, na estréia do Nacional (2 a 1, para o Fluminense), reforçou a crise desencadeada pela saída do técnico alemão Lottar Matthäus e pelas desclassificações no Paranaense e na Copa do Brasil. Revoltado, o público vaiou os atletas e cobrou reforços da diretoria.

"Claro que atrapalha. Todos nós somos vaidosos e quando recebemos vaias no lugar de aplausos ficamos chateados. O que temos de fazer nesses casos é tentar tapar os ouvidos, ou nunca sairemos dessa situação. Nesse jogo, pelo menos, não teremos esse problema", afirmou o técnico Givanildo de Oliveira, às vésperas do embarque para São Paulo.

Ainda assim, ele garante preferir trabalhar ao lado da torcida. "Já joguei com portões fechados e foi horrível. No caso do Santos, a pressão dos torcedores poderia se voltar contra eles, caso estivessem jogando mal", ponderou.

O zagueiro Paulo André considera a ausência do público um fator positivo. "Estamos devendo para a torcida e até à própria diretoria, que acreditou nesse grupo. Temos de tirar proveito de jogar sem pressão e conseguir um resultado positivo. Só a vitória pode nos devolver a confiança e a auto-estima", disse, e alertou: "Com ou sem torcida será uma partida apertada, complicada, contra o campeão paulista."

Para tirar melhor proveito do sossego da arquibancada vazia, o técnico cobra regularidade esta tarde. "Não adianta começar bem e cair de produção. Se olharmos, em alguns momento fomos melhores do que o Fluminense. Mas na contagem final eles mantiveram a regularidade durante uns 70% do jogo. Desse jeito todos os adversários vão vencer", cobrou.

A estratégia do comando para encontrar esse equilíbrio e voltar a vencer é mudar o time. E mudar bastante. Se os testes durante a semana forem confirmados, serão quatro alterações em relação à ultima rodada.

Na lateral-direita, o jogador Carlos Alberto fará a sua estréia com a camisa rubro-negra. Válber deve substituir Ferreira, como fez durante o jogo de domingo. William formará dupla de ataque com Pedro Odoni. E, para completar, Fabrício volta à condição de titular.

Com essas novidades, o time espera melhor sorte do que das últimas vezes em que jogou para ninguém. Ano passado, foram dois duelos com portões fechados, quando empatou por 0 a 0 tanto com Fortaleza, como com o Figueirense. Os confrontos foram no Couto Pereira.

- Santos x Atlético, às 16 horas, na Globo e Record.

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Em Mogi MirimSantos x Atlético-PR

SantosFábio Costa; Luiz Alberto, Manzur e Ronaldo Guiaro; Fabinho, Heleno (Wendel), Cléber Santana, Léo Lima (Rodrigo Tabata), Kléber; Reinaldo e De Nigris (Geílson). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Atlético-PRCléber; Carlos Alberto, Danilo, Paulo André e Moreno; Alan Bahia, Erandir, Fabrício e Válber; Willian e Pedro Oldoni. Técnico: Givanildo de Oliveira

Estádio: João Paulo II. Horário: 16 horas. Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG). Auxis.: Marco Antônio Martins (MG) e Guilherme Dias Camilo (MG).

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