Aloísio provoca o Atlético

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O atacante Aloísio deu ontem o molho que faltava à partida decisiva de domingo contra o Atlético, no Morumbi, que pode render o título brasileiro ao São Paulo. Lembrando da briga judicial com a diretoria rubro-negra, ele deixou claro que terá um gosto especial ser campeão em cima do ex-clube.

"É uma coincidência feliz. Ser campeão é bom de qualquer jeito, mas contra o Atlético melhor ainda", disparou, com o cuidado de deixar claro não ter problema algum com os ex-companheiros. "Respeito e sou amigo de vários jogadores, como Alan Bahia, Danilo, Dênis Marques e Dagoberto, converso com alguns deles pelo telefone até hoje. Mas tenho bronca da diretoria que quis me prejudicar", explicou.

Ele se refere ao imbróglio que se estendeu até o dia 29 de setembro, quando a juíza do trabalho Simone Galan de Figueiredo deu ganho de causa ao jogador e ao São Paulo porque o Rubro-Negro havia apresentado um documento falsificado como prova de vínculo com o atleta.

A intenção dos advogados atleticanos era provar que o clube havia acertado com o Rubin Kazan, da Rússia, antes do São Paulo, a compra do atacante. "Obrigaram-me a assinar um contrato sem validade. Depois ficou provado que estavam errados", declarou Aloísio ontem à imprensa paulista.

Não é a primeira vez que um atacante são-paulino cutuca o Furacão antes de um jogo decisivo. No ano passado, antes da final da Libertadores entre as duas equipes – quando Aloísio ainda vestia rubro-negro – Amoroso declarou que o clube paulista deveria mudar o nome de seu estádio para Morumtri, face à iminência do terceiro título continental.Sul-Americana

Outra cutucada veio do atacante argentino Alvarez, autor do gol da vitória do Pachuca-MEX na partida de quarta-feira, na Arena, pela semifinal do torneio continental. Ele deixou no ar ter ficado surpreso com a facilidade encontrada. "Pelo que vimos das partidas deles, não esperava tanto espaço. Mas jogamos bem e fomos inteligentes", afirmou, num discurso diferente da maioria dos companheiros e do técnico Enrique Meza, que preferiram o politicamente correto e elogiaram o Furacão mesmo depois da atuação abaixo da média.