Na entrevista mais concorrida do evento promovido pela Ferrari em Madonna di Campiglio, na Itália, Fernando Alonso fez questão de deixar claro que não há cláusula alguma no seu contrato que lhe garanta tratamento diferenciado na nova equipe. "Nunca pedi na minha carreira para ser o piloto número 1. Não sei de onde vêm essas coisas. Mas também não quero ser o número 2", avisou o piloto espanhol ontem, quando também prometeu ficar na escuderia italiana até o fim de sua carreira.
Solícito, disponível e brincalhão durante o evento realizado anualmente pela equipe italiana, Alonso não lembra em nada, por exemplo, o piloto dos tempos de McLaren, em 2007, quando depois já das primeiras etapas do campeonato mantinha na face uma expressão de elevada tensão por conta de sentir-se preterido na luta com o inglês Lewis Hamilton, que era seu companheiro. "O que mais me impressionou na Ferrari foi o ambiente, a paixão com que as pessoas trabalham, a maneira como fui recebido. Eu trocava e-mails com quem estava a 10 metros de mim, enquanto aqui o que fazemos é conversar", contou o espanhol.
Ele também surpreendeu ao dizer que poderá não estar na sua melhor condição no início da temporada, marcada para o dia 14 de março, com o GP do Bahrein. A limitação de testes das escuderias são 15 dias com apenas um carro - é a razão para isso. "Vou treinar sete dias até a abertura do campeonato. Não consigo imaginar um tenista treinando apenas sete dias para Roland Garros ou uma seleção de futebol treinando sete dias para a Copa do Mundo", comparou Alonso, que mudou agora para a Ferrari. "Nas primeiras duas ou três corridas não vou estar 100% adaptado ao carro, à equipe. Depois veremos um Alonso melhor."
Tornar-se piloto da Ferrari foi um dos seus objetivos profissionais. A meta agora é uma só: "Conquistar mais títulos mundiais". Mas ele reconhece que chegar a sete títulos, como fez o alemão Michael Schumacher, será muito difícil para qualquer piloto. "As regras da Fórmula 1 hoje são mais restritivas, os carros andam mais juntos", explicou.
De qualquer maneira, Alonso já avisou que pretende ficar na Ferrari até o final de sua carreira tem um contrato de três temporadas. "Está é, com 100% de certeza, minha última equipe. Pilotar pela Ferrari era meu sonho desde a infância, e é fantástico poder fazer parte desta equipe. Há um sentimento de família que não existe em outros lugares", revelou.
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