Felipe Massa e Fernando Alonso passeiam de dogsled em Madonna di Campiglio: disputa velada para ser o número 1| Foto: Reuters

Na entrevista mais concorrida do evento promovido pela Ferrari em Madonna di Cam­­pi­­glio, na Itália, Fernando Alon­­so fez questão de deixar claro que não há cláusula alguma no seu contrato que lhe garanta tratamento diferenciado na nova equipe. "Nunca pedi na minha carreira para ser o piloto número 1. Não sei de onde vêm essas coisas. Mas também não quero ser o nú­­mero 2", avisou o piloto espanhol ontem, quando também prometeu ficar na escuderia italiana até o fim de sua carreira.

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Solícito, disponível e brincalhão durante o evento realizado anualmente pela equipe italiana, Alonso não lembra em nada, por exemplo, o piloto dos tempos de McLaren, em 2007, quando depois já das primeiras etapas do campeonato mantinha na face uma expressão de elevada tensão por conta de sentir-se preterido na luta com o inglês Lewis Hamilton, que era seu companheiro. "O que mais me impressionou na Ferrari foi o ambiente, a paixão com que as pessoas trabalham, a maneira como fui recebido. Eu trocava e-mails com quem estava a 10 metros de mim, enquanto aqui o que fazemos é conversar", contou o espanhol.

Ele também surpreendeu ao dizer que poderá não estar na sua melhor condição no início da temporada, marcada para o dia 14 de março, com o GP do Bahrein. A limitação de testes das escuderias – são 15 dias com apenas um carro - é a razão para isso. "Vou treinar sete dias até a abertura do campeonato. Não consigo imaginar um tenista treinando apenas sete dias para Roland Garros ou uma seleção de futebol treinando sete dias para a Copa do Mundo", comparou Alonso, que mudou agora para a Ferrari. "Nas primeiras duas ou três corridas não vou estar 100% adaptado ao carro, à equipe. De­­pois veremos um Alonso melhor."

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Tornar-se piloto da Ferrari foi um dos seus objetivos profissionais. A meta agora é uma só: "Conquistar mais títulos mundiais". Mas ele reconhece que chegar a sete títulos, como fez o alemão Michael Schumacher, será muito difícil para qualquer piloto. "As regras da Fórmula 1 hoje são mais restritivas, os carros andam mais juntos", explicou.

De qualquer maneira, Alonso já avisou que pretende ficar na Ferrari até o final de sua carreira – tem um contrato de três temporadas. "Está é, com 100% de certeza, minha última equipe. Pilotar pela Ferrari era meu sonho desde a infância, e é fantástico poder fazer parte desta equipe. Há um sentimento de família que não existe em outros lugares", revelou.