A cada nova rodada aumenta a expectativa das torcidas e a pressão sobre os times que travam verdadeiras batalhas em busca dos seus objetivos. Exceto o Cruzeiro, que surge inalcançável e praticamente proclamado como campeão, os demais correm atrás de resultados que lhes permitam satisfazer parte dos planos traçados ou, principalmente, evitar um fim de ano em crise.

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Diante dos fatos, todas as partidas estão cercadas de alta tensão, até mesmo a que envolve o líder absoluto Cruzeiro, tendo em vista o drama vivido pelo São Paulo, o adversário desta noite.

A dupla Atletiba percorre caminhos opostos: enquanto o Atlético tanta consolidar sua posição na zona de classificação para a Libertadores diante de um Corinthians enfraquecido, o Coritiba luta desesperadamente por triunfo sobre o irregular Santos para quebrar a desagradável sequência de maus resultados.

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De volta a Mogi

O acesso do Atlético à Série A, em 1995, foi definido com a vitória sobre o Mogi-Mirim no mesmo estádio em que será realizada a partida com o Corinthians. Ali começou a grande revolução atleticana que retirou definitivamente o clube da vala comum do superado modelo de gestão do futebol brasileiro, projetando-o como o mais moderno do país. Não só pelas construções da Arena da Baixada, agora Arena da Copa e do CT do Caju, mas pela visão estratégica na formação e preparação dos jogadores.

Houve inúmeros percalços pelo meio do caminho, alguns por interesses pessoais mesquinhos, outros por disputa de espaço, mas a chama não se apagou e aí está o Furacão com futuro radiante.

Quanto à partida de hoje, é preciso que o time volte a jogar bem, coisa que não tem conseguido fazer desde a virada sobre o Flamengo no Maracanã. Nem mesmo na vitória sobre o Coritiba a equipe empolgou. Até pelo contrário, pois não fosse a bola parada salvadora de Paulo Baier, teria sido maior o sofrimento da torcida pela pobreza do futebol apresentado no segundo tempo diante de um adversário tecnicamente debilitado e com um jogador a menos.

Sem desespero

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Mesmo com todas as adversidades, o Coritiba portou-se bem no clássico sob o ponto de vista tático. Péricles Chamusca fez com que os jogadores bloqueassem o setor direito do ataque atleticano – cujo esquema pirata com tapa-olho limita suas ações ofensivas, já que só joga com Léo e Marcelo, ignorando o outro lado do campo – e tivessem capacidade de manobras que exploraram a deficiência do setor esquerdo do adversário. Mas faltou ao Coxa alas com maiores recursos técnicos da mesma forma que o ataque sentiu as ausências de Alex e Deivid. Por falar em Deivid, por onde andas rapaz?

Jogando sem desespero e com objetividade, é possível que o Coritiba consiga superar o Santos.