A aventura de jogar na Grécia terminou em confusão para Amoroso. Revoltado com os três meses de salário atrasado, o atacante brasileiro entrou com processo na Fifa contra o clube Aris Salonica, exigindo indenização de R$ 1 milhão e quebra de contrato, que acabaria somente em 2009. Ganhou a causa em primeira instância e nem se reapresentou ao time grego, depois de curtir férias no Brasil em junho.
Amoroso, no entanto, ainda não viu a cor do dinheiro. E o pior: recebeu uma notícia desagradável nos últimos dias, um verdadeiro presente de grego. Acompanhados por um oficial de justiça, dirigentes do Aris invadiram a casa onde o atacante brasileiro morava, na cidade de Salônica, e confiscaram vários bens.
Segundo Amoroso, os dirigentes do clube grego levaram seis relógios, dois computadores, jóias e videogames. Um prejuízo estimado pelo jogador em quase R$ 1 milhão. O incidente provocou mais danos: o filho mais velho do atacante, Giovanni, de 10 anos, está fazendo tratamento psicológico para superar o trauma - o garoto quer seus brinquedos de volta.
Desiludido com essa história, Amoroso, atualmente com 34 anos, anunciou a sua aposentadoria. "Só tem pilantra lá", desabafou o jogador. "Não tem mais seriedade no futebol. Não quero mais jogar bola. Já conquistei tudo."
Revelado no Guarani e com passagens por Flamengo, Corinthians, São Paulo, Grêmio e seleção brasileira, Amoroso desembarcou como ídolo na Grécia e saiu pela porta dos fundos. Tem medo até de voltar para Salônica. "Não sei o que pode acontecer", admitiu.
Por isso, ele contratou um advogado para cuidar do caso, na luta para recuperar seus bens. "Os dirigentes jogaram a torcida contra mim", comentou Amoroso, assustado com o inusitado episódio. "Bonito na Grécia só as praias. Os clubes não são sérios."
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