Alviverdes

Caos Aéreo – O Coritiba embarcou ontem à noite para Salvador sabendo que a programação para o jogo com o Vitória, no sábado, iria atrasar. A saída, prevista para às 20h30, não ocorreria antes da 22 horas. Com isso, a conexão em São Paulo (no aeroporto de Guarulhos) seria perdida e o embarque para o Nordeste só aconteceria às 3h da madrugada. A previsão mais otimista de chegada na capital baiana era por volta das 6h da manhã.

Formação – Hoje à tarde o time treina no CT do Bahia. Os meias Caíco e Pedro Ken, além do zagueiro Henrique estão suspensos. O volante Careca e o centroavante Gustavo retornam após não terem jogado contra a Ponte Preta. O zagueiro Jéci e o meia Túlio estão confirmados. Já no ataque, o técnico René Simões mantém a dúvida entre Henrique Dias e o meia Diogo (jogaria só com Gustavo na frente).

Carlão – O lateral-esquerdo confirmou que foi negociado com um grupo de investidores russos. Seu destino será o futebol português ou espanhol.

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René Simões vibra com mulheres do futebol

René Simões se emocionou ao ver a seleção brasileira feminina campeã do torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos, com a vitória por 5 a 0 sobre os Estados Unidos, ontem. Treinador da equipe até o fim da Olimpíada de Atenas, em 2004, quando conquistou a medalha de prata, o atual técnico do Coxa ainda vê muito de seu trabalho no time comandado por Jorge Barcelos.

"Alguns detalhes me deixaram orgulhoso. Vi como nasceu esse time e era quase o mesmo grupo da Olimpíada. A composição das jogadoras era quase a mesma e se vocês perceberem no intervalo elas vão correndo para o vestiário. A mulher sempre tem algo a mais para fazer e fui eu quem combinei isso com elas", afirmou.

René também aproveitou para pedir mais apoio para o futebol feminino daqui em diante. O técnico assistiu a partida pela televisão e espera que a imprensa entre na luta para fazer o futebol das mulheres forte.

"Tomara que o Galvão Bueno (narrador da Rede Globo) use as palavras que ele disse e também entre na briga. Ele tem um canhão na mão para isso", disse. (RL)

Leia a matéria sobre a conquista brasileira no futebol feminino

A torcida do Coritiba ainda não está contente o suficiente para cravar com certeza que o time sobe à Primeira Divisão. Mesmo assim, há um jogador que conquistou fãs e é quase unanimidade na campanha realizada até o momento na Série B. O lateral-direito Anderson Lima, capitão da equipe, tem sido decisivo para manter o Coxa entre os primeiros da classificação.

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O pé calibrado nas bolas paradas, principal arma do veterano, rendeu ao Alviverde quatro gols nos últimos dois jogos. Na goleada frente ao Barueri (4 a 1) foram dois de falta. Na terça-feira, diante da Ponte Preta, a virada no placar (2 a 1) saiu em dois cruzamentos do capitão que Henrique e Keirrison empurraram para as redes.

Para o camisa 5, aos 34 anos, a boa fase não é momentânea e nem fruto do acaso. O dom de cobrar faltas vem desde a categoria de base. Essa história começou graças a um técnico de fundamento no Juventus, de São Paulo (clube onde iniciou a carreira), no final da década de 80.

"Tinha um treinador chamado Tara que trabalhava individualmente com cada jogador. Ele percebeu que eu poderia evoluir na bola parada, pegou firme comigo e eu não parei mais", lembra.

Por todos os lugares que passou foi sempre assim: falta favorável era perigo de gol para o adversário. Os torcedores de Juventus, Guarani, Santos, São Paulo, Grêmio, São Caetano, Albirex (do Japão) e agora do Coxa já vibraram com sua precisão.

A quantidade de acertos (em 16 anos como profissional) fez Anderson Lima contabilizar quantas vezes já fez a torcida comemorar.

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"Minha assessoria [de imprensa] está fazendo um levantamento em São Paulo. Só não temos os gols do Juventus. O resto tenho todos. Passa de 150 gols. Pelo que me disseram, sou o jogador de defesa [em atividade] que mais fez gols no país", disse ele, que ainda aguarda a contagem ser concluída.

No futebol atual, Lima vê dificuldade para alguém chegar aos números que ele alcançou. O problema está nas categorias de base.

"Hoje em dia é só força. Vejo meninos de 10, 12 anos fazendo borrachinha e caixa de areia [exercícios de musculação]. Ainda bem que na minha época era só bola", ponderou.

Se o bom momento vai continuar até o fim da temporada, Anderson Lima não pode garantir. Porém, o que ele assegura é que há muito mais chance da boa fase prosseguir pela maneira em que atua no momento – pouco apóia o ataque com bola rolando e é mais zagueiro do que lateral.

"Infelizmente, o treinador que já foi embora [Guilherme Macuglia] não atendeu meu pedido para eu jogar como estou fazendo agora. A chegada do René não foi boa só para mim. Todo o grupo melhorou, os números provam", comparou.

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