Reforços de peso para fazer bonito jogando em casa. Dos 268 atletas da delegação brasileira que disputam os Jogos Mundiais Militares no Brasil, que começaram oficialmente ontem, com a cerimônia no Estádio Engenhão (Rio de Janeiro), os principais nomes foram "recrutados" das seleções olímpicas nacionais.
O evento, que está em sua quinta edição, atrai as potências esportivas das Forças Armadas mundiais, um cenário em que o Brasil ainda atua como figurante. Em quatro edições, somou 20 medalhas (duas de ouro, 12 pratas e seis bronzes). Este ano, em casa, Marinha, Exército e Aeronáutica quiseram alistar o que o país tem de melhor na esfera esportiva.
No judô, formou sargento do Exército o atleta Leandro Guilheiro, número 2 do ranking na categoria meio-médio (até 81 quilos) e dono de dois bronzes em Olimpíadas (Atenas e Pequim). Também estão na equipe Tiago Camilo, Ketleyn Quadros (medalhas de prata e bronze, respectivamente) e judocas da atual seleção nacional, como Luciano Corrêa, Sarah Menezes e Mayra Aguiar. O Brasil faz, assim, o caminho inverso de outras nações na modalidade. Na Europa é comum que judocas formados nas Forças Armadas componham as equipes olímpicas.
Do vôlei, foram recrutados Kid agora, Sargento Anderson Rodrigues e Valeska e, na areia, o veterano Pará. No atletismo, o paranaense do salto triplo Jadel Gregório, recordista sul-americano, e a saltadora Keila Costa. No triatlo, o paranaense Juraci Moreira, bronze no Pan do Rio (2007) e os convocados para o Pan de Guadalajara (em outubro) Reinaldo Colucci e Carla Moreno. No tae kwon do, um desfalque: a londrinense Natália Falavigna, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, ainda se recupera de uma cirurgia no joelho e acompanhará as disputas da beira do tatame.
Na esgrima, o curitibano Athos Schwantes é o destaque. No basquete, o técnico da seleção Rubens Magnano liberou da preparação para o pré-olímpico os sargentos Nezinho e Arthur, que disputarão as semifinais da competição militar.
Mas a delegação nacional teve "deserções" na natação. Isso porque os atletas com índice para o Mundial da modalidade, que começa dia 24 em Xangai (China), pediram dispensa. O Exército havia selecionado e formado 40 atletas da elite da natação nacional, oferecia o soldo de R$ 2 mil mensais a cada um.
O curitibano Henrique Rodrigues, com índice para os 200 m medley na China, como outros, abriu mão da competição carioca. Entre os grandes nomes convocados, restaram o londrinense Diogo Yabe, Joanna Maranhão e Fabíola Molina. Esta, flagrada no exame antidoping e fora do Mundial da modalidade, vai disputar os Jogos Militares como plano B.
Os Jogos Mundiais Militares serão disputados até 24 de julho, no Rio de Janeiro, por 4 mil atletas de 112 países em 20 modalidades cinco delas, militares pentatlo naval, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar, paraquedismo e orientação.
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