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Presidente da Or­­ganização Desportiva Pan-Ame­­ricana (Odepa), Mario Vás­­quez Ra­­ña: “Ocorreram ‘probleminhas’” | Ulises Ruiz Basurto/ EFE
Presidente da Or­­ganização Desportiva Pan-Ame­­ricana (Odepa), Mario Vás­­quez Ra­­ña: “Ocorreram ‘probleminhas’”| Foto: Ulises Ruiz Basurto/ EFE

Os mexicanos saem ostentando uma medalha em desorganização no Pan de Guadalajara. O evento não foi caótico a ponto de os anfitriões conquistarem um ouro, mas certamente subiram ao pódio na modalidade "equívocos".

Apesar de o presidente da Or­­ganização Desportiva Pan-Ame­­ricana (Odepa), Mario Vás­­quez Ra­­ña, ter afirmado, durante o ba­­lanço da competição, que estes foram "os melhores Jogos da história", não deixou de fazer uma ressalva: "Houve alguns probleminhas, mas não se transformaram em problemões".

Entre os "probleminhas" estão atrasos na entrega de complexos esportivos. O estádio do atletismo, por exemplo, ainda tinha materiais de construção e muita sujeira no primeiro dia de provas.

Questões técnicas atrapalharam as competições, como as falhas nos cronômetros na natação e handebol. Nos saltos ornamentais, os atletas mexicanos decidiram treinar fora do Com­­plexo Aquático porque as luzes das câmeras de tevê atra­­palhavam a execução das acrobacias.

Nem a Vila Pan-Americana escapou: faltaram quartos para os atletas, faltou água. Sem falar nos ingressos. Depois de dez dias de evento, não havia explicação para os estádios e ginásios terem ficado vazios em disputas de bilhetes previamente esgotados.

Nem a simpatia dos voluntários tapatíos (moradores locais) compensou a confusão com o transporte público criado para o Pan. Os horários não eram cumpridos, os motoristas desconheciam as rotas e dirigiam acima da velocidade – o que resultou em um atropelamento com morte. As vias pan-americanas tampouco foram respeitadas pelos condutores.

O ponto positivo foi a cerimônia de abertura, que se utilizou da tecnologia e jogos de luzes que o Estádio Omnilife, do Chi­­vas, pode oferecer, resultando em uma apresentação elegante – sem exageros.

Além disso, a segurança de 11 mil policiais federais diminuiu o número de execuções a mando de cartéis do tráfico na cidade; mas, com o passar dos dias, o rigor da vigilância caiu consideravelmente.

Os prós em infraestrutura compensaram a reclamação de taxistas, comerciantes e donos de restaurantes – insatisfeitos que os Jogos não trouxeram tantos turistas à cidade.

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