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O atacante Emmanuel Adebayor, do Manchester City, no desembarque em Togo | Noel Kokou Tadegnon/Reuters
O atacante Emmanuel Adebayor, do Manchester City, no desembarque em Togo| Foto: Noel Kokou Tadegnon/Reuters

Autoridades angolanas anunciaram ontem a prisão de dois suspeitos de participar do ataque à delegação de Togo. O promotor da província, Antonio Nito, disse que ambos pertencem à Frente de Liberação do Enclave de Cabinda (Flec) e foram detidos na Estrada de Massabi, entre a República do Congo e Angola, logo depois do atentado contra o ônibus do To­­go, na última sexta. "Um deles foi ferido pelos policiais quando disparava atrás de uma árvore", acrescentou o vice-governador de Cabinda, Macario Lembe.

O ex-rebelde Antonio Bento Bembe, que agora é o ministro encarregado das relações com Cabinda, garantiu que Angola vai fazer de tudo para acabar com o grupo separatista. Especialistas dizem que a Flec tem pelo menos 200 homens concentrados no norte do país.

Bembe também afirmou que Cabinda é segura e não haverá mais ataques durante a competição. Mas pediu a colaboração de países vizinhos e da França, onde vive, entre outros, o líder do grupo, que já prometeu novos atentados.

"Queremos auxílio internacional para capturar os responsáveis por essa atrocidade", disse o ministro, que pediu à França ajuda na prisão dos líderes rebeldes, em exílio no país, e que o Congo, de onde saiu um dos criminosos, reforce a segurança.

A França informou que as declarações feitas no domingo pelo secretário-geral da Flec, Rodrigues Mingas, incentivando a revolta, são inaceitáveis e terão consequências. Mingas contou que as forças angolanas eram o alvo – não os jogadores do Togo – e ameaçou outras emboscadas.

Em comunicado, a Orga­­ni­­zação das Nações Unidas (ONU) condenou o ataque. "Não se trata somente de um ato de violência contra cidadãos inocentes, mas também um ataque contra os va­­lores esportivos", disse, em nota, o assessor especial para o Esporte, o alemão Wilfrid Lemke.

Já na esfera esportiva, Togo so­­freu uma derrota ontem. A CAF (Confederação Africana de Fute­­bol) rejeitou o pedido feito pelo país de entrar novamente na Co­­pa Africana de Nações após o fim do período de luto de três dias. A partida entre Togo e Gana, marcada para ontem, em Cabin­­da, não foi então cancelada, porque a fe­­de­­ração togolesa não registrou oficialmente que deixou o torneio.

Após 48 horas discutindo se abandonaria ou não a Copa Afri­­cana, Togo decidiu deixar a competição por imposição de seu governo. Os jogadores declararam que queriam disputar o torneio em memória das vítimas, mas foram obrigados pelos políticos a deixar a Copa continental.

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