A trajetória paranista completa nesta segunda-feira (19) 22 anos de existência e junto com a nova idade paranista um novo discurso: os dirigentes prometem, além de melhores resultados dentro de campo, transformar o clube em um canteiro de obras.
A intenção dos mandatários é revitalizar o valioso patrimônio para fazer do Tricolor uma agremiação autossustentável. Com uma estrutura antiga na maior parte das cinco sedes paranistas (Vila Capanema, Kennedy, Tarumã, Vila Olímpica e Ninho da Gralha), a diretoria está realizando estudos para avaliar os bens e encontrar formas de utilizar os 460 mil metros quadrados de área para agregar receitas.
Umas das possibilidades analisadas é o arrendamento de parte das sedes no Tarumã e na Vila Olímpica para a construção de shoppings e outros empreendimentos comercias. A operação seria similar à realizada no terreno na Avenida das Torres em 1999, que hoje pertence a uma grande rede de supermercados. "Não vamos nos desfazer de nenhum patrimônio, mas podemos aproveitar o grande espaço que temos para trazer dinheiro para novos investimentos", afirmou Luis Carlos Casagrande, segundo vice-presidente.
Outro projeto é a construção de um novo prédio na sede social do clube, na Kennedy. Em parceria com investidores, o clube pretende erguer uma edificação de quatro andares onde hoje estão localizadas as quadras de futebol. A área de 4 mil metros quadrados abrigaria três pisos de estacionamento, além de um para a prática de judô e outros esportes. No terraço seria montada uma cancha de grama sintética.
Segundo a diretoria, já existem empresas interessadas em bancar o negócio, que receberiam o direito de explorar os ganhos com o estacionamento como contrapartida financeira. "Vamos voltar a investir na parte social do clube, que ficou meio esquecida ultimamente", declarou Casagrande.
A modernização da Vila Capanema também está nos planos obreiros do Paraná. A ideia é estimular a utilização do estádio para eventos culturais como forma de aumentar os ganhos. Segundo Casagrande, o aluguel para cada show custa R$100 mil e o clube já recebeu 10 propostas para o ano que vem. "A Vila tem potencial para isso. A empresa que produziu o show do Pearl Jam nos disse que oferecemos a melhor estrutura da turnê, temos que aproveitar isso, mas sem atrapalhar o futebol", afirmou.
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