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Daniel Alves, Hulk, Lucas e Neymar: jogadores não veem a hora de a bola rolar para acabar com a ansiedade | Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo
Daniel Alves, Hulk, Lucas e Neymar: jogadores não veem a hora de a bola rolar para acabar com a ansiedade| Foto: Albari Rosa, enviado especial/ Gazeta do Povo

Ansiedade, aspirações pessoais e o interesse nacional em jogo. É possível resumir dessa forma a conversa com os jogadores da seleção brasileira na véspera da partida de abertura da Copa das Confederações em casa, hoje, às 16 horas, contra o Japão.

Em todas as entrevistas após o treino de reconhecimento do gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, dos mais novos aos mais experientes, em algum momento foi possível ouvir frases como "não vejo a hora de entrar em campo", "queremos ver esse estádio cheio" ou "era o momento que todos esperávamos". Ansiedade pura. Percebida também nos trejeitos e fala rápida dos jogadores.

Eles sabem que terão de controlá-la se quiserem ver tudo o que foi ensaiado dar certo. Do primeiro ao último jogo, como planeja o zagueiro e capitão Thiago Silva, para quem pelo jeito a inquietação só tende a aumentar com a desejada aproximação da final no Maracanã. Afinal, seria ele o responsável pelo simbólico gesto de levantar o troféu. "Todo dia penso nisso, vou confessar. Não há um só em que desperto e não estou pensando em levantar a taça."

Há também aspirações particulares, como primeiro se consolidar na equipe titular. É o caso do volante Luiz Gustavo, dos últimos a se tornar um dos 11 de Felipão para a estreia. "Me preparei para chegar aqui na seleção. Chegando, sabemos que para jogar é escolha do técnico, e graças a Deus ele optou por mim. Estou tentando fazer a minha parte com humildade e tranquilidade para ajudar", afirmou a surpresa do treinador para os amistosos contra Inglaterra e França, agora com a certeza de que se for bem seguirá no time.

Para quem já tem status de titular há mais tempo, vale a realização pessoal de fazer parte do time que tentará colocar o troféu nas mãos de Thiago Silva. "Desde que era pequeno sempre torci muito pela seleção. Agora tenho essa responsabilidade, e privilégio, de defender o Brasil em uma competição como essas, em casa", discursou o companheiro de zaga dele, David Luiz.

Apesar de também admitirem certo nervosismo, os mais veteranos, como o goleiro Júlio César – único titular remanescente no time de Dunga na Copa de 2010 –, assumem a responsabilidade de tentar tranquilizar os companheiros ou trazê-los de volta ao chão quando começam a sonhar alto antes da hora. "Esperamos ganhar a competição. Será benéfico para todos. Para nós, para os torcedores", resumiu, em meio a declarações contidas.

Se depender das palavras do técnico Luiz Felipe Scolari, a calma no vestiário está garantida. O campeão mundial com a seleção brasileira em 2002 diz que a tensão de antes dos jogos já o atingiu bem mais. "A ansiedade já não é tão grande como em anos anteriores. Custa um pouco para pegar no sono, vai vendo alguns programas [na tevê]. Mas morreu [dormiu], morreu. Aí é só de manhã", disse o treinador, antecipando como deveria ser sua úl tima noite antes de encarar o Mané Garrincha lotado. Mesmo com a missão de resgatar sua carreira e dar ao país um novo título especial.

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