Brasil e Argentina se enfrentam nesta quarta-feira, em Doha, no Qatar, às 15h (de Brasília), e o amistoso marcará o encontro de duas grandes estrelas do futebol mundial. Em entrevista ao site oficial da Fifa, o craque do Barcelona Lionel Messi destacou a sua amizade com Ronaldinho Gaúcho, do Milan, além do brasileiro naturalizado português Deco, atualmente no Fluminense.
O meia do time catalão também falou de Maradona e fez uma autoanálise de seu desempenho na última Copa do Mundo, na África do Sul. Porém, quando perguntado sobre o confronto entre brasileiros e argentinos, o craque não admite ser derrotado pelo time de Mano Menezes. E a razão, claro, é a velha rivalidade. O camisa 10 revelou que, como profissional, se sente incomodado com o retrospecto negativo de seu país contra a Seleção Brasileira.
"Para mim é especial jogar essa partida. Já nos enfrentamos nas Olimpíadas de Pequim e ganhamos por 3 a 0. Será especial pelo rival e por estar frente a frente com uma pessoa de quem gosto muito: o Ronaldinho. Ele é um autêntico irmão, que, junto com o Deco, me ajudou muito em meu início no Barça. Tenho um apreço muito grande por eles. Desejo sempre o melhor. E sabem de uma coisa? Nunca venci o Brasil com a seleção principal. Perdi a final da Copa América na Venezuela. Acho que já é hora da primeira vez. É hora de vencer o Brasil", disse
Apesar do otimismo, Messi reclamou da pressão que sofre quando veste a camisa da seleção argentina.
"Parece que querem colocar a culpa de tudo em mim. Em qualquer confusão que aconteça, me colocam no meio mesmo que eu não tenha nada a ver com ela. Por isso sempre me dedico ao que sei fazer, que é jogar futebol. Tenho muito cuidado com o que digo, porque sempre distorcem tudo. Tentam buscar interpretações que não existem, e isso simplesmente me chateia. Quero o melhor para a Argentina em todos os níveis", comentou.
Amizade com Maradona continua
O craque revelou que segue mantendo contato com Maradona, ex-técnico da seleção argentina. Segundo ele, o relacionamento com o Pibe é muito bom.
"Conversamos não faz muito tempo. Estive muito bem com o Diego, da mesma forma que estou agora com o Batista. Sou um jogador como os outros na seleção. O que faço é jogar, sou um simples jogador. Quem cuida dos assuntos da federação são outras pessoas. Eles são os responsáveis pelas decisões, nada depende de mim. Nossa relação fora de campo foi e continua sendo muito boa. Na África do Sul, a convivência com ele foi espetacular", explicou.
Messi também falou da eliminação da Argentina no Mundial e da Copa América de 2011, na Argentina:
"Já cumpri todos os objetivos que tinha, à exceção da Copa do Mundo. Fiquei muito chateado com a forma como fomos eliminados contra a Alemanha (goleada por 4 a 0 nas quartas de final). O golpe foi muito duro porque esperávamos mais. Achava que poderíamos chegar longe. Foi uma pena. A Copa América vai ser muito importante para nós porque vai ser em casa, o que nos obriga a entrar com tudo, a entrar para conquistar o título. Precisamos fazer muito bem as coisas e ganhar", revelou.
Por fim, o argentino comentou sobre os prêmios da Bola de Ouro da Fifa para o melhor jogador e treinador da temporada.
"Tenho certeza de que neste ano a Copa do Mundo terá muito peso sobre a decisão final. Se eu não ganhar, desejo de coração que vença um companheiro do Barça. O Xavi e o Iniesta aparecem em todas as previsões e são dois caras maravilhosos, grandes jogadores que merecem o prêmio mais do que ninguém. Para técnico, volto a defender a minha casa, as minhas cores. Votaria no Pep Guardiola, não apenas pelo que ganhamos, mas pela sua proposta e filosofia de jogo. Também não me esqueço do José Mourinho, que, além da tríplice coroa com o Inter, mudou um pouco a cara do Real Madrid. Mas volto ao meu discurso sobre a Copa do Mundo. Ela vai ser decisiva, e daí aparecem Vicente del Bosque ou Joachim Löw", finalizou.
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