Antes renegado, Anderson Lima vira “símbolo”

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Barueri, SP – Inexplicavelmente, sob a alegação de problemas físicos, o capitão Anderson Lima foi afastado do time do Coritiba na terceira rodada da Série B, no dia 25 de maio, quando o Coxa venceu o Ituano, fora de casa, por 1 a 0. Aparentemente, não há grande importância nesta partida para a campanha coxa-branca. Mas para Lima há. E muita.

Parte do departamento de futebol do clube e o técnico Guilherme Macuglia achavam que o experiente jogador de 34 anos deveria ser dispensado, pois não acompanhava o mesmo gás do resto do time. Entretanto, na rodada seguinte (derrota por 1 a 0 para o São Caetano, no Couto Pereira), Macuglia foi demitido e com a contratação de René Simões a história de Lima mudou radicalmente.

"Naquele jogo (com o Ituano) ouvi que o Lima era ex-atleta. Briguei para ele não ser dispensado", revelou o supervisor Maurício Cardoso.

Sob o comando de René, o desgastado lateral-direito virou um eficiente líbero. Na mesma função em que jogava nas últimas temporadas, Anderson Lima renasceu no Alviverde.

"Minha vinda para o Coritiba foi superimportante para a minha carreira. Com o René, passei a jogar na sobra fora de casa e dentro de casa caía um pouco para a beirada", explicou o jogador, que sem precisar apoiar o ataque melhorou até nas cobranças de falta, seu ponto forte.

Entretanto, nem mesmo a substancial melhora do camisa 5 foi suficiente para convencer todos os críticos. A carreira vitoriosa de Lima, com passagens por Santos, São Paulo, Grêmio e até seleção brasileira ficou em xeque e pode ser resgatada definitivamente após o jogo de hoje, com a Ponte, em Campinas.

"Não preciso provar nada para ninguém, mas se algumas pessoas tinham dúvidas sobre mim, se deram mal", disse ele.

René Simões, que tem em Lima seu capitão e principal líder, já pediu até estátua para o veterano no Couto Pereira pelo que ele fez na Série B.

"Com minha chegada, o Lima ficou mais energizado e passou a ser esse espetacular jogador que é. Mas até mesmo depois da minha chegada ouvi falarem que só jogava porque eu o protegia e não tem nada disso. O que ele faz como capitão não tem igual", revelou o treinador.