Falkenstein Assim como o verão europeu, a onda verde e amarela demora a chegar em Falkenstein. O pequeno distrito de 3 mil habitantes, a 20 quilômetros de Frankfurt, se arruma aos poucos e timidamente para receber a seleção na sua estada mais extensa no país da Copa.
Às vésperas da chegada da equipe, o verde-amarelo é freqüente, mas está longe da euforia vista na Suíça. O desembarque da delegação está marcado para hoje, após o amistoso contra a Nova Zelândia, em Genebra.
Faixas de boas vindas em português, pequenos cartazes e bandeiras do país enfeitam as ruas. Mas concorrem com dezenas de outras flâmulas, na maioria alemãs. Há ainda os pavilhões da Holanda, Suíça, Bélgica (nem classificada para o Mundial) e até da Comunidade Européia, diluindo o cenário pró-pentacampeões.
A adesão dos alemães ao espírito brasileiro ainda é contida. "Quando fomos oferecer bandeiras do Brasil, alguns disseram sim, vamos fazer uma festa. Mas outros simplesmente não entraram no clima. Poderia dizer que o entusiasmo das pessoas está meio a meio", analisou Karl Erich Giese. Ele é vice-presidente do F.C./TSG Königstein (time local) e um dos organizadores da recepção em Falkenstein, onde fica o luxuoso Kempinski Hotel, abrigo da equipe.
Um dos motivos para tanta reserva são as dúvidas em relação à organização durante a permanência do time na cidade. Comerciantes que até o dia 16 serão vizinhos da mais favorita das seleções do Mundial não têm idéia de como será o esquema de segurança dos craques brasileiros.
Um dos principais e raros restaurantes da cidade vê a passagem da Ronaldinho e cia. como uma incógnita. A pequena rua (como são quase todas do bucólico lugarejo) que leva ao estabelecimento deve ser fechada pela polícia, impossibilitando o acesso dos clientes.
"Podia ser muito bom para nós se alguns torcedores viessem aqui. Mas não sabemos nada e por isso nem pudemos preparar algo especial", comentou um funcionário, que preferiu não se identificar.
Segundo o vice-presidente do Königstein, Jörg Pöschal, toda a região deve ser fechada ao público. "A segurança será muito diferente de Weggis", afirmou. "Aqui não tem como dar um jeitinho. A polícia não permite passar e pronto", cutucou Giese, impressionado com a facilidade de acesso do público aos astros na Suíça.
A dona de uma banquinha próxima ao hotel decidiu prestigiar a seleção e pôs à venda algumas camisas, pulseirinhas e bandeiras verde-amarelas. Mas economizou na quantidade de produtos. Afinal pode ter como clientes apenas os policiais escalados para garantir a segurança dos craques brasileiros.
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