Personagem
Deivid garante a segurança rubro-negra
Se o futebol apresentado não foi dos melhores, a entrega dos jogadores durante a partida de ontem foi ressaltada pelo elenco. Além de Paulo Baier, que marcou o gol e brigou pelas jogadas durante todo o confronto, o principal destaque do time foi, novamente, o volante Deivid.
Pendurado, o jogador conseguiu sair de campo sem receber o cartão amarelo, ficando liberado para o duelo com o Santos, e foi o maior responsável por segurar o ímpeto ofensivo do Ceará, principalmente durante o segundo tempo. "Toquinho", como é chamado pelo técnico Antônio Lopes, ganhou elogios do comandante após o jogo. "Ele é um volante que marca muito, mas que não é brucutu. Ele tem técnica, sabe sair com a bola e nos ajudou muito no jogo", afirmou o treinador.
O jogador saiu de campo contente com a atuação e os elogios. "Lutamos muito. Não tem jogo fácil. Agora temos de ser inteligentes para conseguir vencer o Santos e sair dessa situação", explicou Deivid.
Opinião
Trunfo de Baier
Se a tensão é parceira indissociável da jornada rubro-negra contra o descenso, o jogo de ontem carregava ainda mais pressão. Tanto pela concorrência do adversário cearense na luta pela sobrevivência, como pelos resultados da rodada, que aumentavam o fôlego de outros ameaçados, como o Atlético-MG e o Avaí.
O placar apertado prolongou o nervosismo até o fim. O apito final parecia não soar nunca.
Mas o gol de Paulo Baier trouxe bem mais do que os preciosos três pontos. O capitão recuperou a pontaria. A mesma que já ajudou, e muito, o Furacão e que parecia ter se perdido em meio à turbulenta campanha atleticana.
Um pouco de confiança para um time que padece de descrédito. Um trunfo e tanto nesse momento no qual tudo tem de conspirar a favor do Atlético.
Ana Luzia Mikos, repórter
Números:
O Atlético escapou ontem do que poderia ser um abalo irreversível. Mais do que os três pontos, a vitória contra o Ceará, por a 1 a 0, na Arena, manteve o Furacão vivo. Com os resultados da rodada, um revés em casa causaria um estrago enorme para o Rubro-Negro na classificação. Agora, a equipe ganhou um suspiro.
O time de Antônio Lopes poderá até deixar a zona de rebaixamento já na próxima partida, caso vença o Santos, no Pacaembu, e conte com um tropeço de Ceará e Atlético-MG. "Temos a necessidade de nos superamos em todos os jogos. Mas vejo que o time tem possibilidades de vencer o Santos. Eles vão dar mais espaço para a gente jogar e temos que aproveitar isso", defendeu o treinador.
A vitória contra o Ceará serviu ainda para jogar o adversário para dentro da zona de rebaixamento, na 17.ª posição. Já o Atlético, com 31 pontos, na 18.ª colocação, viu a distância para o xará mineiro, primeiro time fora ZR, cair para dois pontos.
O resultado positivo, mais uma vez, saiu graças ao capitão Paulo Baier. Em cobrança de falta, aos 32 minutos do primeiro tempo, o meia contou com o vacilo do goleiro Fernando Henrique, que deu dois passos para o lado contrário, e garantiu o placar magro em favor do Furacão. Baier, que faz aniversário amanhã, festejou o tento e respondeu aos críticos. "Foi um presente antecipado. Fico feliz por ter marcado e ajudado a equipe, mesmo contra aqueles que acham que eu já deveria ter parado", afirmou.
Os jogadores admitem que para escapar da degola o Furacão vai precisar vencer também como visitante. Por isso, a partida contra o Peixe é considerada como mais uma decisão. "Todos os jogos daqui para frente serão finais. Temos de entrar para ganhar, mesmo fora de casa", garantiu o lateral-esquerdo Héracles.
O ânimo do grupo melhorou após a sétima vitória do Rubro-Negro no campeonato. No final da partida, os jogadores saíram exaltando o espírito guerreiro e projetando dias melhores nas próximas rodadas. "Tivemos um início de campeonato complicado, mas sabemos que temos time para estar em uma posição melhor, fora da zona de rebaixamento. Se repetirmos a entrega e a garra dessa partida, tenho certeza que escaparemos da Segunda Divisão", exaltou Marcelo Oliveira, que recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso do próximo jogo. A "final" contra o Santos.
Medo leva pressão ao Atlético
Apesar da vitória contra o Ceará por 1 a 0, o medo dos jogadores em deixar escapar o resultado ficou evidente em mais uma partida. Assim como ocorreu contra o Vasco, na 29.ª rodada, a equipe recuou perigosamente no segundo tempo e chegou a levar pressão do adversário.
O meia Cléber Santana admitiu o receio do grupo em um novo tropeço dentro de casa. "A ansiedade acabou prejudicando um pouco. Queríamos atacar, mas ficamos com medo de levar o contragolpe", confessou.
Para o técnico Antônio Lopes, apesar do recuo, a equipe criou oportunidades para definir a partida no segundo tempo. "Não poderíamos repetir os erros do jogo contra o Vasco. Mesmo com a equipe mais cautelosa tivemos chances de marcar, principalmente com o Guerrón".
O atacante equatoriano ressaltou a importância da vitória e minimizou o placar apertado. "Enquanto o campeonato não terminar, teremos de provar dia após dia que podemos tirar nosso time dessa situação. Estamos a apenas a um ponto de sair dessa situação e hoje [ontem] vencemos justamente um adversário direto, que está a apenas um ponto de nós na classificação", garantiu Guerrón.
Marcinho, que entrou apenas na segunda etapa, também elogiou a postura dos atletas durante os 90 minutos. "Ficou difícil chegar ao segundo gol. O importante foi a garra e a entrega de todos os jogadores até o final da partida. Tomamos os cuidados necessários e a vitória foi muito importante", afirmou.
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