O técnico rubro-negro Antônio Lopes encara no domingo o América Mineiro, mas nega polêmica com os jogadores do ex-clube| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Liberado

O atacante Guerrón foi liberado para atuar pelo Atlético nas duas rodadas restantes do Brasileiro. O equatoriano havia sido denunciado pela expulsão contra o Flamengo, no dia 11 de setembro. Após um carrinho duro na partida realizada em Macaé, Guerrón recebeu o cartão vermelho e ficou deitado no campo, impedindo o reinício do jogo. Porém, por 8 votos a 1, o artilheiro do time – ao lado de Marcinho, com cinco gols – recebeu apenas uma advertência. O julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) foi realizado na manhã de ontem, em sessão especial em Curitiba.

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Reverência, abraços e cumprimentos muitas vezes esperam um ex-treinador no encontro com os antigos comandados. Mas essa é uma cena que não deve ocorrer no domingo (27), quando o técnico atleticano Antônio Lopes irá rever os atletas do América-MG, em Uberlândia. Culpa da breve passagem de 20 dias do treinador pelo Co­­­elho em julho deste ano.

Na ocasião, o atual técnico ru­­bro-negro comandou o time mi­­neiro por quatro jogos, com dois empates e duas derrotas. Um aproveitamento de apenas 16,6%. Ale­­gando que tinha problemas no Rio de Janeiro e que precisava resolvê-los, o Delegado deixou o time, que acabou sendo rebaixado na rodada passada.

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Mas o grande problema teria sido declarações do treinador, afirmando que o elenco não era bom tecnicamente. Isso fez com que a maioria dos atletas se voltasse contra Lopes. Um exemplo é o lateral Marcos Rocha, que não poupou o ex-comandante.

"O Antônio Lopes conseguiu desmotivar o grupo, abalou nossa alegria e nosso conjunto, sem conseguir desenvolver um trabalho", reclamou o jogador, em declaração ao jornal Estado de Minas. Já o zagueiro Micão preferiu prometer resposta dentro de campo. "Não adianta falar nada. Vamos responder com futebol bonito."

Lopes negou ontem as polêmicas. "Quando eu saí de lá nem dei coletiva para evitar estes problemas que estão colocando, que eu falei deles. Eu não falei nada!", pro­­testou o delegado. "Eu acho que isso daí foi jogado para poder mo­­tivar o time deles. Não aconteceu nada", emendou.

Questionado sobre as declarações duras dos atletas do Coelho, o treinador foi direto. "O que eles estão falando não me interessa. Eu tenho consciência de que não é nada disso", defendeu-se.

Para o técnico, a queda antecipada do oponente não vai aliviar o jogo. "Não facilita nada [eles já estarem rebaixados]. Todo jogador tem aquela moral, o fato de querer jogar pela dignidade, pela honra", ressaltou o Delegado, confiante que o Atlético escapa do rebaixamento se vencer a próxima partida e o Atletiba derradeiro.

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Para o meia Branquinho, o que pode fazer a diferença é a fa­­mosa "mala branca", já que Cru­­zeiro, Ceará, Atlético-MG e Bahia têm interesse na vitória do Coe­­lho. "Muitas equipes vão dar di­­nheiro para eles nos vencerem", disse o jogador. Com os retornos de Deivid e Nieto, que estavam suspensos, Lopes confirmou que usará a mesma formação que venceu o São Paulo, na penúltima rodada.