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Samir Namur: “Não é momento de desespero” | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Samir Namur: “Não é momento de desespero”| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O presidente do Coritiba, Samir Namur, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (13) para falar sobre as mudanças no departamento de futebol do Coxa, atual 10º colocado da Série B.

O dirigente confirmou o auxiliar Tcheco como técnico do clube até o fim da temporada, no lugar de Eduardo Baptista. Ele também explicou que poucas contratações devem ser feitas até o fim da janela, no máximo duas, e reiterou que o momento não é de desespero, já que o time segue próximo do G4.

Namur explicou ainda os motivos reformulação no futebol do clube e a chegada do meia Carlos Eduardo, primeiro ‘medalhão’ contratado pela atual gestão.

Confira os principais pontos da entrevista abaixo (veja o vídeo completo no fim da matéria).

Técnico

Imaginamos, esperamos e queremos que o Tcheco seja o técnico do Coritiba até o final da Série B... Tcheco é o técnico do Coritiba, não é interino.

Contratações de jogadores

A margem de contratação é pequena. Se o Coritiba for contratar será mais um ou dois atletas... Além de imaginar oportunidade boa, de custo-benefício, imaginamos atletas experientes, que cheguem para serem titulares. Mas para ser franco com a torcida, nesse sentido não há nenhuma conversa ainda. O momento é para tirar mais do nosso elenco e depois passar o foco de ir atrás de uma ou duas peças.

Convicções

A gente sempre teve convicção nas escolhas que fizemos. Isso reflete escolhas que não são feitas por impulso. As escolhas foram pensando no que era melhor para o Coritiba. Foi assim quando escolhemos o Sandro [Forner] e o Eduardo [Baptista]. Mas o cenário atual não permite por conta da necessidade do Coritiba estar entre os quatro primeiros.

Cobranças

Essas conversas e cobranças já aconteciam há algum tempo. Mais especificamente após a derrota para o Guarani o tom da cobrança passou a ser grande. Ninguém imaginava o Coritiba em 10º nesse momento, mesmo a apenas dois pontos do G4. Mas não é momento de desespero porque temos tempo, 18 jogos e totais condições da equipe conseguir melhores resultados e o acesso no final do ano.

Confiança em Tcheco

Ano passado, no Paraná, ele estava em uma situação diferente, mas teve um trabalho bom. É nessa linha que pensamos. Um técnico de mais nome, até com mais bagagem, sofreria mais agora por não conhecer o elenco como o Tcheco conhece. O próprio perfil dele, mais simplificador em termos táticos e técnicos, é o que a gente precisa no momento. Temos confiança grande que o Tcheco é o nome mais indicado para o momento.

Pressão

Essa pressão de ser o time grande [da Série B] e vir de maus resultados nos últimos anos acaba atrapalhando. Mas mesmo assim é momento não é de desespero.

Afastados

Na conversa de ontem demos total liberdade a ele [Tcheco]. Uma nova decisão dele vai determinar se continuam afastados ou não.

Pressão no presidente

Se fosse problema não teria me candidatado. Fomos eleitos como apenas 38% votos. Começa gestão com 62% de rejeição, implantando medidas bastante impopulares, como usar jogadores da base. Mas isso não incomoda, não pressiona. Sei muito bem por que e por quem tenho sido xingado durante os jogos.

Gestão

A gestão administrativa do clube corresponde exatamente aquilo que imaginávamos. Os resultados até aqui nos deixam bastante satisfeitos.Resultado financeiro do primeiro semestre 2018 é o melhor dos últimos dez anos. Isso é fruto de medidas que fomos implantando desde que assumimos em dezembro.

Abrir a caixa-preta

Tenho a obrigação de não esconder a situação financeira do clube. Em um certo momento confundiram com espécie de personalização. Nunca citei nada de ex-presidente porque sei que não leva a nada. As portas estão abertas para saber as coisas do clube. Reitero que em nenhum momento quis ter postura de caça às bruxas, apontar responsabilidades.

Carlos Eduardo

Veio como uma avaliação, indicação do futebol, partiu do Augusto com aval do Eduardo Baptista. E ele foi firme que ele poderia, sim, ajudar. Acrescento que o Coritiba em 2018 não fez nenhuma contração com esse perfil, atleta com extenso currículo, que não se precisa explicar quem é. Em muitos momentos essa é uma característica que pode ajudar para diminuir a pressão, colocar bola no chão nos momentos de dificuldade. Acredito que é contratação positiva por isso também. Atleta que podemos garantir não vai sentir a pressão neste momento na Série B.

“Parar de chorar”

A entrevista do Vilson [Ribeiro de Andrade] para a Transamérica, na qual ele falou para eu parar de chorar, confesso que não ouvi, mas as pessoas me contaram. Mas em nenhum momento disse que não sabia dos problemas do clube. Não quero apontar o dedo para o Vilson, [Rogério] Bacellar, Giovani [Gionédis], mas revelar qual é a situação do clube. As dificuldades financeiras do clube, principalmente, e essa linha vai ser assim até o final. Relatar os fatos, não julgar.

Demissões de Augusto Oliveira e Pereira

Ponderação há duas semanas que o Coritiba teria de entrar em outro patamar tanto em desempenho como de posição. Teria que estar no G4. Augusto e Pereira não foram os únicos, mas os principais responsáveis pela montagem do elenco. Nosso entendimento foi que o resultado e desempenho teria que ser outro. Por isso optamos por desligá-los. Quem imagina que foi por pressão, por ter imagem desgastada, não foi. Por que o desgaste já vinha há bastante tempo. Trabalho profissional, com dedicação, com toda competência, mas não deu certo.

Responsabilidade na contratação de Pereira

Ideia de trazer Pereira foi minha. Partiu de uma demanda dos clubes em geral. Mas o Pereira muito pela postura de liderança dentro de campo. Porque imaginava ele intermediando as relações entre atletas, torcida e imprensa e todos falhamos. Muito embora não termos previsto isso, ele atuou muito fortemente em planejamento de futebol, avaliando contratações, além da gestão do elenco. Possível que venha alguém com mais bagagem, mais experiência para o cargo.

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