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 | Franck Fife/AFP
| Foto: Franck Fife/AFP

A medalha de prata da ginasta alemã Oksana Chusovitina no salto foi uma das maiores emoções de ontem nos Jogos Olímpicos de Pequim. Aos 33 anos, a atleta começou a competir em 1989 – quando a brasileira Jade Barbosa nem havia nascido – e continua no esporte para continuar recebendo o pagamento da Toyota, sua patrocinadora, e com isso custear o tratamento de seu filho, Alisher, de 7 anos, portador de leucemia.

"A ginástica é minha vida, mas sigo competindo pelo meu filho. Ele é minha inspiração", disse Chusovitina, que nasceu no Usbequistão e participou pela quinta vez dos Jogos, conquistando sua primeira medalha olímpica neste domingo.

Em 1992, ela representou a CEI (Comunidade dos Estados Independentes), atuou por seu país em 1996, 2000 e 2004, e em Pequim defendeu a Alemanha. Com média 15,575 nos dois saltos, ficou atrás apenas da norte-coreana Hong Un Jong, com 15,650, e à frente da chinesa Cheng Fei, que teve 15,562 pontos.

Chusovitina casou em 1997 com Bakhodir Kurbanov, um ex-lutador de luta grego-romana, quinto colocado Em Sydney-2000. Juntos foram morar em Colônia. A atleta entrou para a história ao retornar para a ginástica em 2000, depois de se tornar mãe, um feito que apenas a cubana Leyanet Gonzalez e a soviética Larissa Latynina conseguiram. "Ela é um exemplo para todos nós", disse Jade Barbosa.

Mesmo com a evolução da ginástica nos últimos anos, Chusovitina segue brilhando. "Hoje é muito mais difícil ser ginasta. Com a globalização, o esporte se tornou viável para muitos países, mas ainda acho possível praticar ginástica em qualquer idade. É só ter disciplina", avalia.

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