O volante Beto está prestes a eternizar um momento em sua vida. Capitão do Paraná, hoje ele será o responsável por erguer o troféu de campeão paranaense, caso não aconteça um verdadeiro desastre no Pinheirão – o time pode perder por até dois gols de diferença para a Adap que mesmo assim faz a festa.

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A conquista do Estadual é ainda mais valorizada para o camisa 7 do Tricolor, já com 33 anos de idade. Afinal, na longa carreira ele ainda não teve a chance de gritar "É Campeão". Até aqui, suas principais glórias foram subir a Portuguesa Santista da Terceira para a Segunda Divisão paulista em 1994 e da Segunda para a Primeira em 1996, mas nunca terminando em primeiro.

Sua trajetória no futebol foi marcada por passagens em clubes do interior de São Paulo, do Japão e de Portugal. Só em 2004, quando chegou à Vila Capanema disputou um Brasileiro da Série A. Mesmo assim, "comer o pão que o Diabo amassou" seguiu sendo a rotina do volante no Nacional daquele ano e no Estadual de 2005.

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"Cada momento tem sua particularidade. O meu presente é muito bom, estamos próximos de ganhar o título, mas ainda não ganhamos nada. Para conquistarmos o objetivo precisamos nos focar nos 90 minutos que restam", reconheceu.

O status de líder do meio-de-campo e boas campanhas com a camisa paranista só vieram a partir do último Brasileirão. Agora, somado a sua primeira taça como profissional, vem a consagração absoluta: Beto é apontado como craque do Paranaense pela maior parte da imprensa.

"Estou tranqüilo. Vou lutar muito no jogo para viver a emoção de levantar a taça. Ocorrendo a conquista, o que vier depois vai ser muito natural", comentou ele, que renovou contrato com o Paraná até abril de 2008.

Pelas declarações do jogador, fica evidente a preocupação de evitar o já-ganhou notado em toda a torcida durante a semana. Beto, ao lado de Flávio e Émerson, é uma das vozes do tecnico Barbieri dentro de campo. A experiência, faz todos alertarem os mais jovens para o perigo da euforia excessiva.

"No nosso ambiente não acontece nada disso. Não podemos nos envolver com o que está acontecendo com o torcedor. É natural a euforia deles, mas isso fica para fora de campo. Sabemos como o jogo será difícil", advertiu.

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Orientar os jovens jogadores da Vila Capanema foi uma importante função que o volante não pôde exercer em dois jogos decisivos na campanha rumo à final. Na partida de volta diante do Iraty e no jogo de ida frente ao Rio Branco, Beto estava suspenso e ficou de fora.

"Não poder atuar foi muito complicado. Eram jogos de mata-mata e a emoção foi forte na torcida. O grupo mostrou que é qualificado e quem entrou não decepcionou", avaliou.