Jogando sem muita inspiração e quase nenhum brilho, o Atlético foi derrotado pelo Corinthians por 2 a 1 na tarde/noite desta sábado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. O Furacão perdeu a chance de alcançar a tranqüilidade no Brasileirão, reabilitou o adversário - que amargava a lanterna da competição – e ficou a apenas dois pontos da zona de rebaixamento.

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Os 90 minutos de jogo poderiam ter sido reduzidos a apenas 15. Nos primeiros 10 minutos o jogo foi alucinante, com o Atlético abrindo o placar numa falha da zaga adversária, e o Corinthians empatando e virando em duas falhas do sistema defensivo do Rubro-Negro. O Furacão só voltou a criar uma chance de gol importante aos 49 minutos, quando o zagueiro Paulo Almeida salvou a cabeçada de Marcos Aurélio em cima da linha de gol.

O jogo

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A tensão de estar na zona de rebaixamento, e para piorar na última posição, deixou o Corinthians tenso e afoito. Por estar nesta situação, o técnico Geninho promoveu várias alterações no time na esperança de sair da crise. O Atlético foi a campo consciente disso, mas não imaginava que teria a chance de abrir o placar logo nos primeiros minutos de jogo.

Após uma falha terrível de Sebá, o colombiano Ferreira roubou a bola e já dentro da área adversária disparou uma bomba no fundo das redes de Marcelo. A torcida alvinegra mal podia acreditar no gol atleticano. O jogo nem tinha começado e o time da casa teria que reverter uma situação totalmente indesejável.

Só que o que poderia ter virado um calvário para os jogadores e torcedores do alvinegro paulista virou uma festa nas arquibancadas. Poucos minutos depois, aos 8 do 1.º tempo, Coelho armou boa jogada pela direita e fez o cruzamento para a área. Tevez subiu sozinho e cabeceou tranqüilo para o gol. A bola chegou a bater em Cléber, mas o goleiro atleticano não segurou.

Ainda assimilando os dois gols em poucos minutos, os jogadores se reorganizavam em campo quando o Corinthians marcou mais um e virou o placar. Carlos Alberto carregou bem pela direita e cruzou para a área. A bola passou por todos os marcadores e sobrou para Rafael Moura. Sem marcação, o atacante escorou para as redes do Atlético.

Depois de um ritmo alucinante nos primeiros minutos, o jogo foi ficando mais tranqüilo, simples e, por conseqüência, perdendo a graça. O time paulista continuou com o domínio do jogo e o Atlético seguiu pagando o preço pelas duas bobeiras do seu sistema defensivo. O ataque do Corinthians não chegava com perigo, mas também não recebia pressão do Atlético.

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Segundo tempo

Um detalhe curioso observado no 1.º tempo de jogo foi a atitude do arbitro Luis Antônio Silva Santos. Por ver que os gandulas estavam demorando para fazer a reposição das bolas para o jogo, ele expulsou dois dos garotos do campo. Ainda falando em cartão, o árbitro mostrou um amarelo para o zagueiro César, que estava no banco de reservas e reclamava do seu desempenho.

Esses fora os lances mais interessantes da segunda etapa, pelo menos até a metade do 2.º tempo. As jogadas de ataques agudos, que já eram raras no primeiro tempo, diminuíram ainda mais. A torcida estava tranqüila nas arquibancadas e os jogadores atuavam no mesmo ritmo. Rafael Moura e Tevez trocam passes e criam boa chance para o Corinthians aos 14, enquanto Dagoberto perde um gol feito aos 16 minutos.

Quando Jancarlos, do Atlético, foi expulso, e quando as substituições começaram a acontecer, dava a impressão de que o jogo ganharia um pouco mais de velocidade e até emoção. Só que mesmo assim as coisas não melhoraram. O Atlético sentiu a falta de um passe de qualidade e tranqüilidade no meio de campo, para a distribuição das jogadas. A bola não chegava "redonda" ao ataque e as chances não apareciam.

O volume de jogo do time da casa foi maior durante grande parte do jogo, mas também faltou qualidade para o Corinthians ampliar o marcador. O Atlético equilibrou e chegou a ser melhor que o adversário, mas faltou a qualidade na conclusão.

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O jogo ficou chato e só ganhou emoção nos três minutos finais. O Atlético teve três escanteios consecutivos e por muito pouco não empatou o jogo.

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