Símbolo da ineficiência alviverde no ataque, o centroavante Hugo foi substituído no intervalo da partida de ontem| Foto: Dirceu Portugal/ Gazeta do Povo

O desgaste, o calor, o carnaval, as viagens e o acanhado Estádio João Cavalcante de Menezes. Nada disso serviu de desculpa para a péssima atuação do Coritiba na derrota para o Engenheiro Beltrão por 3 a 0, ontem, no Noroeste do estado. O resultado cravou o primeiro vexame coxa-branca no ano do centenário.

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Superado pela primeira vez na temporada, o Alviverde apenas vê escancarado que os bons resultados anteriores – que poderiam levar a equipe de Ivo Wortmann ao melhor aproveitamento do Paranaense no caso de um triunfo em Beltrão – tinham sido bem ilusórios. Se nas outras partidas a defesa e o meio-de-campo coxa foram elogiados, enquanto o ataque criticado (o segundo pior da competição com cinco gols, só à frente do lanterna Paranavaí, que fez três), agora sobrou para todo mundo.

"A gente não segura a bola, não cria nada e aí sobra para a defesa. Estoura lá atrás. Não podemos perder assim, sem nem jogar de igual para igual", criticou o capitão Pereira. "Não tem o que explicar. Entramos no sono e totalmente apáticos", reforçou o zagueiro Rodrigo Mancha.

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O vexame no interior encerra uma maratona de cinco jogos em 13 dias em que o Verdão percorreu mais de 8 mil quilômetros. Entretanto, se na longínqua Manaus, contra o Holanda, pela Copa do Brasil, mesmo com sofrimento veio a vitória (2 a 1, na quarta-feira), ontem, nada de bom foi feito pelo Coritiba.

"É claro que o lado humano pesa, mas não posso aceitar uma derrota assim. Nós simplesmente não jogamos", lamentou o técnico Ivo Wortmann. "Os jogadores serão cobrados. O Coritiba não pode ser tão apático dentro de campo", avisou o diretor de futebol Homero Halila.

Tocando a bola e apenas aguardando um vacilo do gigante da capital, o pequenino Aereb, que representa a menor cidade envolvida na competição (Engenheiro Beltrão tem 14 mil habitantes) humilhou o rival.

O camisa 10 Safira liderou o representante do interior e os gols de Eurico, Dênis (na etapa inicial) e Fred foram só consequência do que se via em campo.

"Foi uma derrota justíssima", admitiu o goleiro Vanderlei.

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O único alento para o carnaval da torcida coritibana é que a recuperação do time pode vir antes mesmo do fim do feriado festivo. Na terça-feira, o Coxa volta a campo, contra o Toledo, no Couto Pereira. O volante Leandro Donizete, que deixou o jogo após receber uma pancada, deve desfalcar o time.